O Estado de S. Paulo

Governador­es de legendas nanicas têm ‘custo’ menor

- E M.A. / C.S., A.M., D.B., L.F.T., C.D.L.

Os cinco governador­es que tiveram o “custo de voto” mais baixo nas eleições deste ano foram eleitos por partidos nanicos. PSC, Novo e PSL, que não elegeram nenhum governador em 2014 e viveram um “boom” em 2018, lideram o ranking. O novo chefe do Executivo de Santa Catarina, Comandante Moisés, foi quem teve o voto mais barato dentre os escolhidos nos 27 Estados. O político do PSL investiu 22 centavos por eleitor para conquistar o cargo. O cálculo foi feito dividindo as despesas de campanha pelo número de votos de cada candidato.

Na sequência, com custo de 49 centavos – mais que o dobro em relação ao líder – figura Wilson Lima (PSC), eleito pelo Amazonas. Em terceiro aparece Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, uma das maiores surpresas das eleições estaduais deste ano, com 55 centavos investidos por voto em um dos Estados mais tradiciona­is da política brasileira.

Outro “outsider” que cresceu radicalmen­te no fim da campanha, Wilson Witzel (PSC), eleito do Rio, gastou um pouco mais que Zema: foram 57 centavos para cada voto dos fluminense­s, que deixarão de ser governados pelo MDB depois de 12 anos. Coronel Marcos Rocha (PSL), de Rondônia, que vem na sequência, saiu da marca dos decimais: investiu R$ 1,28 por cada eleitor.

Zema e Witzel conquistar­am, respectiva­mente, o segundo e o terceiro Estados mais populosos do País, o que coloca o Novo e o PSC em outro patamar de relevância.

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