Substituto tem moral, mas ainda é incógnita
Vitorioso nas categorias de base do clube, gaúcho de 39 anos era auxiliar fixo de Aguirre e ajudou garotos a ganhar espaço
No dia 25 de janeiro, André Jardine dirigia a garotada do São Paulo na final da Copinha, perdida para o Flamengo por 1 a 0 no Pacaembu. Dois meses depois, era convidado a ser auxiliar permanente da comissão técnica do clube. Agora, será o responsável por liderar o time profissional nas cinco rodadas restantes do Brasileirão.
O gaúcho de 39 anos construiu carreira vitoriosa nas categorias de base. Quando chegou ao São Paulo, em 2015, já acumulava trabalhos de destaque na região Sul do País, onde comandou as divisões inferiores de Internacional e Grêmio. Em três anos, alcançou 11 finais de campeonato pelo sub20 tricolor. Foram sete títulos, entre eles, duas Copa do Brasil (2015 e 2016) e uma Libertadores (2016) da categoria.
Ao lado de Aguirre, virou o elo do técnico com os meninos forjados em Cotia. Luan e Liziero, por exemplo, eram seus volantes na final da Copinha. Não por acaso, foram os primeiros que ele indicou para o time de cima.
Enquanto trabalhou na base, o ex-treinador foi chamado em duas ocasiões para assumir interinamente o comando do São Paulo. Em 2016, após Edgardo Bauza se desligar do clube para assumir a seleção argentina, Jardine dirigiu a equipe em duas partidas: ganhou do Santa Cruz (2 a 1) e perdeu do Botafogo (1 a 0). Já em 2018, entre a saída de Dorival Júnior e a chegada de Aguirre, mais dois compromissos: vitórias sobre Red Bull (3 a 1) e CRB (3 a 0). No Grêmio, em 2014, também viveu a experiência de ser interino.
Raí aposta bastante no novato. Em outubro, a pedido do dirigente, Jardine viajou à Europa para conhecer alguns clubes e métodos de treinamento. Já o presidente Leco ainda o vê com ressalvas como futuro técnico do time profissional. / R.C.