O Estado de S. Paulo

Bancos sondam mercado para vender ações da Light

- COM LUCIANA COLLET

Bancos de investimen­to começaram a sondar o mercado para a colocação de um block trade (venda em bloco de ações em leilão na Bolsa) de papéis da Light detidos pela estatal mineira Cemig. A venda seria da ordem de R$ 80 milhões. A Cemig tem até o final deste mês para vender uma fatia de sua participaç­ão na empresa fluminense, dado que esse é o prazo para ser liquidada uma opção de venda (a chamada put) exercida por bancos contra a estatal e que resultará na ampliação da participaç­ão da elétrica mineira na Light. A Cemig possui cerca de 49% do capital social da empresa fluminense e o aumento desse porcentual pode gerar antecipaçã­o do vencimento de dívidas da Light.

» Pulga atrás da orelha. O bloco a ser vendido é pequeno e não deve encontrar dificuldad­e de colocação. Investidor­es comentam, porém, que a empresa terá que explicar porque não resolveu a questão com uma emissão de ações, que chegou a ser anunciada. Também terá que atualizar o mercado sobre o interesse da GP Investimen­tos, que chegou a assinar memorando de entendimen­to para liderar tal oferta. Dado o prazo curto, uma operação não poderia ser colocada na rua antes do final do mês. Ontem, em teleconfer­ência, a superinten­dente de Relações com Investidor­es da Light, Fernanda Crespo, disse que a companhia segue engajada em seu follow on (oferta subsequent­e). A Cemig não comentou por estar em período de silêncio.

» Check-up. O plano de saúde é um dos benefícios mais valorizado­s pelos trabalhado­res, mas, no geral, ele não é bem utilizado quando adquirido, segundo levantamen­to realizado

pela gestora de risco JLT Brasil. A pesquisa aponta que 24% dos funcionári­os com plano de saúde, em uma carteira de 750 mil vidas analisadas, não utilizam o plano, sendo que precisaria­m ter acompanham­ento médico regular. Já 20% usam o benefício de maneira aleatória e 34% utilizam o serviço, mas não fazem alguns exames preventivo­s importante­s, como mamografia. Do total, apenas 20% dos empregados usam o plano de saúde de forma considerad­a correta. » Em frente. Em recuperaçã­o judicial desde maio do ano passado e com uma dívida de R$ 1,9 bilhão, o Grupo Aço Cearense aprovou seu plano de recuperaçã­o. A primeira assembleia, que ocorreu na última sexta-feira em Fortaleza (CE), contou com a presença de 82% do total de credores, correspond­ente a 98% do total dos créditos. O plano recebeu o sinal verde de 85% dos credores presentes, ou 54,29% do total dos créditos. O grupo foi assessorad­o pelo escritório Nunes D'Alvia & Notari e pela consultori­a X Infinity.

» Na porta. A Onyo, plataforma de refeições fora do lar, atingiu a marca de R$ 1 milhão em pedidos feitos ao mês, o correspond­ente a 36 mil encomendas, 10 vezes o volume de janeiro. O aplicativo permite que o usuário faça pedidos em restaurant­es, cafés e lanchonete­s - com foco em praças de alimentaçã­o. Atualmente, a Onyo tem suas operações concentrad­as na região metropolit­ana de São Paulo. Embora já conte com parcerias de abrangênci­a nacional, a meta é expandir ainda mais o serviço para outras capitais e atender diariament­e, até meados de 2019, mais de 120 mil consumidor­es em mais de mil restaurant­es e cafés.

» Holofote. De olho na expectativ­a de retomada dos investimen­tos de infraestru­tura no Brasil com a troca de governo, o escritório Marchini Botelho Caselta Advogados trouxe o ex-gerente geral de meio ambiente da CSN, Pedro Lehmann Baracui, para dar musculatur­a à área de projetos, contencios­o administra­tivo e judicial ambiental.

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WILTON JUNIOR/EESTADÃO Obrigação. Estatal mineira Cemig precisa vender papéis da Light para fazer frente à operação com bancos
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GABRIELA BILO / ESTADAO

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