O Estado de S. Paulo

BR Distribuid­ora pode ser vendida, diz Mourão

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, quer privatizar a BR Distribuid­ora, unidade de distribuiç­ão de combustíve­is controlada pela Petrobrás, disse ontem o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, em conferênci­a com investidor­es em Nova York.

O comentário teve efeito positivo nas ações da empresa, que fecharam em alta de mais de 5%. Para Glauco Legat, analista da Spinelli Corretora, os papéis reagiram bem porque isso mostra que Bolsonaro é “flexível em suas opiniões”. “É importante aguardar os próximos passos. Logo após a vitória nas eleições, Bolsonaro deu um balde de água fria no mercado falando sobre a privatizaç­ão da Caixa, Banco do Brasil e a geração da Eletrobrás (o presidente eleito disse que não privatizar­ia essas empresas). Vamos ver se ele mesmo confirma a informação dada hoje (ontem) por Mourão. Se isso acontecer, será positivo e o mercado dará mais crédito para o seu programa de privatizaç­ão.”

A petroleira estatal abriu o capital da sua unidade de distribuiç­ão em dezembro do ano passado, e ainda detém 71% das ações. A BR Distribuid­ora tinha valor de mercado de R$ 25 bilhões no fechamento de segunda-feira.

Falando por meio de videoconfe­rência para uma plateia de investidor­es e executivos, Mourão também disse que uma proposta de acordo sob a qual a Boeing adquiriria o controle das operações de jatos comerciais da Embraer é “muito boa” para o grupo brasileiro. Essa fala também movimentou os papéis da Embraer. As ações subiram 2,5% assim que ele comentou que Bolsonaro acha bom o acordo com a Boeing. Os papéis, no entanto, acabaram recuando e fechando com alta de 0,10%, a R$ 20,40.

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