O Estado de S. Paulo

O usado que virou um pesadelo

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Em 2 de setembro, comprei um Clio 2006 na FNX Motors do Shopping Global em Santo André. Como eu só teria o dinheiro para a compra dali a uma semana, paguei R$ 800 pela documentaç­ão e para garantir o negócio. Pedi várias vezes permissão para levar o veículo a um mecânico particular, para avaliação, mas sempre negaram. Fiz a besteira de depositar o valor total da compra sem testar o carro. Quando tentei sair da loja com ele, o motor não pegava. Fizeram um reparo rápido, fui para casa, e no dia seguinte, o veículo não pegou novamente. Foi feita nova intervençã­o, mas aconteceu uma terceira pane. Eu disse ao pessoal da loja que não queria mais o carro, mas eles não aceitaram. Disseram que, para isso, eu teria de pagar uma multa de 10% do valor do veículo, mais R$ 700 de documentaç­ão e R$ 600 para o vendedor. Com isso, já são quase dois meses de vaivém da minha casa para a loja. Eu recebo o carro na sexta-feira e devolvo na segunda, com o mesmo problema. E o dono da loja, Sr. Gerson, diz que é tudo frescura minha, que o carro está ótimo e eu é que não sei dirigir. Felipe Bastos Cangani, SÃO CAETANO DO SUL (SP)

FNX Motors responde: o leitor adquiriu o veículo na loja Summer Car, que não existe mais. A FNX é uma loja diferente, com outro proprietár­io, e não responde pelo caso.

O leitor diz que as informaçõe­s da FNX são inverídica­s, e que o carro permanece nas dependênci­as da FNX à espera de uma solução para o caso. Ele afirma, ainda, que a mudança da razão social da loja ocorreu antes da compra do referido veículo.

Advogado: a loja deve colocar à venda produtos em boas condições de uso, em respeito ao consumidor que é leigo e incapaz de identifica­r problemas. Cabia a ela orientar o leitor a trazer um mecânico de confiança para avaliar o veículo ou, pelo menos, não proibir que ele fizesse isso. Ele tem o direito de exigir a troca do carro, sem se submeter às taxas exigidas.

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