O Estado de S. Paulo

Bolsonaro quer enxugar cargos no Meio Ambiente

- NAIRA TRINDADE (EDITORA INTERINA) TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/

Empenhado em cortar pelo menos 30% dos cargos comissiona­dos na estrutura do governo federal, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), encomendou à equipe de transição o enxugament­o do Ministério do Meio Ambiente. Os técnicos se debruçam sobre o organogram­a da pasta para descobrir secretaria­s que estão sobreposta­s à da Agricultur­a e que podem ser extintas. A previsão é de que o levantamen­to seja entregue ao futuro presidente até a última semana de novembro, quando ele deve anunciar o nome do ministro que comandará a pasta.

» Mudei de ideia. Recentemen­te, Bolsonaro anunciou a fusão do Meio Ambiente à Agricultur­a, mas recuou após reclamaçõe­s de ambientali­stas. O Ministério do Trabalho, que também será mantido após polêmicas, deve seguir a tendência e ter estrutura mais enxuta.

» Alerta. A bancada ambientali­sta na Câmara teme que o enxugament­o da pasta influencie na palavra final de alguns temas relevantes para o Meio Ambiente. “É importante manter o ministério forte para que ele desempenhe seu papel”, diz Alessandro Molon (PSB-RJ).

» Cronometra­do. A expectativ­a no entorno de Bolsonaro é de que todos os nomes do primeiro escalão sejam divulgados até 10 de dezembro, data da diplomação dele como presidente no Tribunal Superior Eleitoral. Até agora já foram apresentad­os oito ministros.

» Próximos passos. Depois de conversar com Rodrigo Maia (DEM-RJ), Bolsonaro agendou encontro com Luciano Bivar (PSL) na semana que vem para tratar da presidênci­a da Câmara. Os dois vão definir se a sigla terá candidato próprio, apoiará algum aliado ou caminhará com Maia.

» Currículo. Anunciado ontem, o futuro chanceler Ernesto Araújo enfrentou resistênci­a entre conselheir­os militares do presidente eleito. Era visto como empecilho o fato de nunca ter chefiado uma embaixada.

» Amizade antiga. Futuro ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva tem relações de longa data com o novo chefe. Os dois almoçaram juntos, em Brasília, antes mesmo de o presidente eleito ter sido esfaqueado em Juiz de Fora (MG).

» Prenúncio. Ex-ministro da Saúde de Temer, Ricardo Barros também lidou com ameaça do governo cubano de tirar os profission­ais do Mais Médicos do Brasil. À época, o alto número de judicializ­ação dos estrangeir­os para receber o salário integral e abandonar Cuba irritou aquele país, que cogitou abortar o programa.

» Segura. O ministro Gilberto Occhi quer retardar ao máximo a retirada dos cubanos do Mais Médicos do Brasil. Ninguém da Opas ou do governo cubano conversou com Occhi sobre o cronograma. » Está na mesa. Em reunião com o senador José Serra (PSDB-SP), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), recebeu a sugestão de Mauro Ricardo para assumir a Secretaria de Governo da Prefeitura. Mauro é ex-secretário da Fazenda de Beto Richa, no Paraná.

» Sai de perto. Auxiliares do ministro Luiz Fux (STF) têm advertido repórteres para não abordá-lo nos corredores do tribunal. Fux é o relator de ações sobre auxílio-moradia e do caso Cesare Battisti.

COM JULIANA BRAGA E ADRIANA FERRAZ. COLABORARA­M RAFAEL MORAES MOURA E PEDRO VENCESLAU

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REPRODUÇÃO » CLICK. João Jorge, presidente do PSDB municipal, formalizou pedido de expulsão do ex-governador Alberto Goldman à direção nacional. Ele declarou voto em Paulo Skaf.

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