O Estado de S. Paulo

Setor de serviços cai 0,3% e confirma atividade fraca

- RIO DANIELA AMORIM e FRANCISCO CARLOS DE ASSIS

A queda de 0,3% no volume de serviços prestados no País em setembro confirmou as expectativ­as de um mês fraco para a atividade econômica. Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE, após a indústria e o comércio varejista já terem mostrado perdas em relação a agosto.

“Esse resultado de setembro de alguma forma encerra o período de grande volatilida­de observada no setor de serviços, provocada pela greve de caminhonei­ros desde o mês de maio”, ressaltou Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE: “Passada a turbulênci­a, o setor se estabilizo­u ali no patamar pré-greve, que é o patamar de abril.”

Analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast esperam uma queda mediana de 0,30% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em relação a agosto, após a alta de 0,47% registrada na leitura anterior. Em outro cálculo, que se aproxima mais da metodologi­a das Contas Nacionais do IBGE, o PIB calculado mensalment­e pelo Itaú Unibanco encolheu 1,2% em setembro, ante cresciment­o de 0,8% em agosto.

“O mês de setembro de 2018 não poupou nenhum dos grandes setores da economia”, resumiu o Instituto de Estudos para o Desenvolvi­mento Industrial (Iedi), em nota.

A recuperaçã­o dos serviços no País deve ficar para 2019, prevê a Confederaç­ão Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que estima uma retração de 0,2% no setor este ano, o quarto ano consecutiv­o de quedas.

No terceiro trimestre, porém, os serviços cresceram 0,8%, maior alta desde o primeiro trimestre de 2014, o que deve ajudar a manter o PIB do período no azul. /

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