O Estado de S. Paulo

ONDE ESTÁ O DINHEIRO

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Venezuela

O BNDES contratou US$ 2,7 bilhões em empréstimo­s para a Venezuela, entre 2001 e 2015. O maior, de US$ 865 milhões, de 2010, foi para a construção de uma fábrica da Usina Siderúrgic­a Nacional, tocada pela Andrade Gutierrez. As obras do Metrô de Los Teques, tocadas pela Odebrecht, receberam US$ 862 milhões. Já a expansão de linhas do Metrô de Caracas, também da Odebrecht, teve US$ 605 milhões. Nem todos os valores foram liberados – sete operações tiveram desembolso­s suspensos pelo BNDES em maio de 2016, por suspeitas de corrupção. Segundo a Transparên­cia Venezuela, entidade de combate à corrupção, a pedra fundamenta­l da Linha 5 do Metrô de Caracas foi lançada por Hugo Chávez em 2006, mas, até hoje, só uma estação foi inaugurada.

Cuba

O destaque é o empréstimo de US$ 682 milhões, contratado em cinco operações entre 2009 e 2013, para o Porto de Mariel, a 45 km da capital, Havana. As obras, tocadas pela Odebrecht, foram inaugurada­s em janeiro de 2014, com a presença da então presidente Dilma Rousseff. Em maio, a agência ‘Reuters’ noticiou que a administra­ção do porto aguarda o término de obras de dragagem, em 2019, para converter o terminal em centro regional.

Moçambique

O maior empréstimo contratado com Moçambique é de US$ 320 milhões, para a construção da hidrelétri­ca de Moamba Major, mas essa operação foi suspensa em maio de 2016 pelo BNDES, por suspeitas de corrupção. Os atrasos se referem ao financiame­nto de US$ 125 milhões para o Aeroporto de Nacala, no norte do país, construído pela Odebrecht.

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ENRIQUE DE LA OSA/REUTERS–5/1/2016

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