Oi tem prejuízo 70 vezes maior no terceiro trimestre
De julho a setembro, empresa teve resultado negativo de R$ 1,4 bilhão; um ano antes, perda havia somado R$ 19 milhões
A operadora de telefonia Oi, em recuperação judicial desde o ano passado, fechou o terceiro trimestre de 2018 com prejuízo líquido de R$ 1,4 bilhão. A perda é 70 vezes maior do que a registrada no mesmo trimestre de 2017, quando a companhia teve prejuízo de R$ 19 milhões. A ação da companhia sentiu o baque dos resultados: o papel ordinário da tele caiu 11,72%, fechando o dia a R$ 2,26.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 1,5 bilhão, queda de 9,1% na comparação anual. A receita líquida caiu 8,1% no terceiro trimestre, para R$ 5,5 bilhões. O faturamento do setor residencial caiu 10,2%, para R$ 2,084 bilhões.
O prejuízo da empresa foi creditado principalmente à variação cambial no Brasil. A operadora teve resultado financeiro líquido negativo de R$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre de 2018, ante um resultado positivo de R$ 17 milhões no mesmo período de 2017.
Segundo a companhia, há cerca de um ano o real havia apresentado valorização frente ao dólar e ao euro, impactando positivamente as dívidas em moeda estrangeira. Como consequência, a empresa teve receita financeira de R$ 857 milhões no terceiro trimestre de 2017, contribuindo para melhorar o balanço daquele período, o que não aconteceu neste ano.
A dívida líquida da Oi no fim de setembro de 2018 somava R$ 10,976 bilhões, recuo de 75,1% frente ao mesmo mês de 2017. O enxugamento é resultado da aprovação do plano de recuperação judicial, com corte da dívida bruta no período. Já na comparação com o fim de junho de 2018, a dívida líquida cresceu 9,5%, em decorrência da desvalorização do real em relação ao dólar.
A empresa fechou o período com 58,832 milhões de clientes no Brasil – perda de 239 mil assinantes, redução de 6,5% em comparação com o terceiro trimestre de 2017./