Segurança em causa
Geralmente as juntas de dilatação usadas em pontes, viadutos e estradas são as do tipo Jeene com perfil triangular. Essas juntas devem ser fabricadas com um composto de borracha sintética quimicamente denominado borracha de policloropreno, que tem alta resistência ao intemperismo (luz solar, água e ozônio) e a produtos derivados do petróleo (óleo, gasolina, diesel, etc.), bem como excelente resistência à compressão. Todavia muitos fabricantes não idôneos, para baratearem o custo de fabricação e serem competitivos, substituem um alto porcentual da borracha de policloropreno por um tipo de SBR (sigla em inglês para borracha de butadieno e estireno), que é utilizada no composto para fabricação de pneus e outros artefatos de borracha. Dessa maneira, as juntas perdem suas características físicas e químicas, tornando-se rapidamente quebradiças e sem elasticidade, o que causa extensa infiltração de água, afetando drasticamente os módulos de concreto e as colunas de sustentação. Para ter uma ideia, uma junta fabricada com policloropreno e bem colocada dura mais de 50 anos. Considerando o que aconteceu no viaduto da Marginal do Pinheiros no feriado, a Prefeitura de São Paulo tem de fazer uma vistoria geral nas mais de cem obras para rever como está o estado dessas juntas. Assim fazendo poderá evitar desastres muito mais graves. Principalmente na Rodovia dos Imigrantes, que liga o litoral à capital paulista. VALDY CALLADO valdypinto@hotmail.com
São Paulo “O cidadão paulistano, escorchado por multas de trânsito astronômicas, pergunta-se: para onde vai todo esse dinheiro, se um dos viadutos com mais tráfego da cidade simplesmente desmorona vergonhosamente?”
LUIZ HENRIQUE PENCHIARI / VINHEDO, SOBRE A FALTA DE MANUTENÇÃO DA INFRAESTRUTURA URBANA lpenchiari@gmail.com
“Se não fosse por suas famílias, retidas em Cuba como garantia de que os seus profissionais não desertem, a maioria deles ficaria por aqui”
MOISES GOLDSTEIN / SÃO PAULO, SOBRE O MAIS MÉDICOS mgoldstein@bol.com.br