O Estado de S. Paulo

Trump visita a Califórnia para avaliar incêndio

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O presidente dos EUA, Donald Trump, visitou ontem a Califórnia, onde bombeiros continuam a lutar contra os incêndios que assolam o Etado e deixaram mais de 70 mortos e 1.000 desapareci­dos.

O incêndio batizado de Camp Fire, que começou há mais de uma semana na cidade de Paradise, destruiu cerca de 57.500 hectares.

Cerca de nove mil bombeiros foram mobilizado­s nas duas frentes de fogo e dezenas de milhares de moradores tiveram de deixar suas casas.

Antes da visita, a presidênci­a não anunciou a agenda de Trump, na segunda visita do presidente ao reduto democrata da Califórnia desde a sua chegada ao poder, em janeiro de 2017. O grande Estado do oeste americano faz oposição a Trump em muitas frentes, desde imigração e meio ambiente até a regulament­ação do porte de armas de fogo.

Depois que os incêndios tiveram início, Trump denunciou a má gestão das florestas pelas autoridade­s da Califórnia, esquecendo que a maioria delas está sob controle federal.

O presidente também ameaçou cortar os fundos federais, enquanto o Congresso destinou um orçamento de US$ 2 bilhões para a luta contra os incêndios florestais no ano fiscal de 2018.

Posteriorm­ente, porém, Trump mudou de tom e declarou uma “grande catástrofe” na Califórnia, saudou o trabalho dos bombeiros e mostrou à população seu apoio, explicando que ele falou diretament­e com o governador democrata Jerry Brown sobre a tragédia.

Na semana passada, ele também enviou seu secretário do Interior, Ryan Zinke, ao terreno.

O impacto do Camp Fire é visível a mais de 200 quilômetro­s ao sul da área devastada de Paradise, até San Francisco, onde as autoridade­s emitiram um alerta de alta poluição do ar.

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