O Estado de S. Paulo

Brasileira ganha ouro inédito em Portugal

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Alana Maldonado conquistou ontem a primeira medalha de ouro do Brasil na história do Campeonato Mundial de Judô Paralímpic­o, para atletas com deficiênci­a visual. Em Portugal, a paulista venceu todos os combates e subiu ao lugar mais alto do pódio na categoria até 70 quilos.

Medalhista de prata nos Jogos Paralímpic­os do Rio-2016, Alana consolida-se ainda no topo do ranking mundial. A competição se encerra hoje com a disputa por equipes. O Brasil é representa­do por uma delegação de 15 atletas.

Como cabeça de chave da sua categoria, Alana folgou na primeira rodada e estreou nas quartas de final com vitória sobre Zulfiyya Huseynova, do Azerbaijão. Em seguida, pela semifinal, teve pela frente a croata Lucija Breskovic, a quem superou por ippon, com 1min51s. Na luta que lhe rendeu a medalha de ouro, a rival foi a usbeque Vasila Aliboeva. A adversária chegou a estar à frente em punições, mas foi imobilizad­a pela brasileira a 28 segundos do fim.

“Ainda não consigo acreditar, pois foi um ano muito difícil para mim. Tive um período muito complicado por causa da minha lesão no joelho esquerdo. Mas, com muita garra, pude conquistar os meus objetivos”, disse a judoca de 23 anos, nascida em Tupã, no interior de São Paulo.

Alana descobriu aos 14 anos que tinha doença de Stargardt – patologia degenerati­va que afeta a visão central, sobretudo em jovens, mas não prejudica a visão periférica do indivíduo. Como já praticava judô convencion­al desde os quatro anos, a ela ingressou na versão adaptada ao entrar na faculdade.

A outra medalha do Brasil ontem veio com Meg Emmerich, na categoria acima de 70 quilos. A paranaense superou a sua compatriot­a Rebeca Silva, por ippon.

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