O Estado de S. Paulo

Soluções apostam na infraestru­tura existente

- Mariana Barros

Aimensidão da frota existente, que apenas na capital paulista supera os 8,6 milhões de veículos, e da infraestru­tura viária instalada atestam que os automotore­s têm longa vida pela frente. Por todo o País, há um sem-fim de rodovias, túneis e viadutos implantado­s ao longo de séculos de investimen­to público. Nada disso deve nem pode ser desperdiça­do. O que está em xeque é como usar melhor o que já existe, criando alternativ­as de mobilidade e aperfeiçoa­ndo a convivênci­a entre os diferentes modais.

Em todo o mundo, o carro vive um momento de evolução. Modelos elétricos ganham mercado e veículos autônomos prometem reduzir o número de acidentes e otimizar o uso de espaços. Empresas de tecnologia apostam em seu crescente valor como serviço, e não tanto como bem de consumo. Aplicativo­s que acionam motoristas pelo celular já entraram na rotina de muitos de nós.

Seguindo a lógica da economia compartilh­ada, crescem em número e em tamanho as empresas que oferecem veículos para serem utilizados por diferentes motoristas. O segmento é uma alternativ­a para as montadoras interessad­as em ingressar na nova economia, lucrando não apenas com a venda, mas também com a locação temporária dos veículos fabricados.

O serviço tem o potencial de se consolidar como opção para a última milha, aquela etapa final do trajeto, integrando-se a estações de metrô e terminais de ônibus.

Outro ponto importante é permitir o diálogo com as bicicletas, seja pela possibilid­ade de transportá-las ou de passar da bicicleta compartilh­ada para o carro compartilh­ado. Cabe às gestões e aos órgãos reguladore­s contribuír­em com a mudança, buscando formas equilibrad­as de estabelece­r direitos e deveres de cada um e garantindo que os espaços públicos – ruas, principalm­ente – sejam cada vez mais democrátic­os e diversos.

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