Ataque a tiros deixa 4 mortos em Chicago
Homem armado invadiu o hospital Mercy, um dos maiores da cidade e disparou contra diversas pessoas antes de ser morto pela polícia
Um homem armado foi morto pela polícia após abrir fogo e matar ao menos três pessoas no hospital Mercy, um dos maiores de Chicago, no lado sul da cidade dos Estados Unidos, ontem. O ataque a tiros começou após o atirador, ainda não identificado, brigar e assassinar a noiva no estacionamento do hospital, informaram autoridades.
A polícia disse que os tiros começaram a ser disparados no estacionamento do hospital, entre as 15 horas e 15h30 (19 horas no horário de Brasília). O atirador teria discutido com a namorada após os dois descerem do carro. “Foi o caos, o caos em massa”, disse ao jornal Chicago Tribune James Gray, testemunha do crime.
Gray afirmou que viu o homem caminhando em direção ao estacionamento e gritando com a mulher. “Ele se virou e atirou três vezes no peito da mulher”, disse Gray. “Quando ela caiu no chão, ele se virou e atirou nela mais três vezes.” Gray descreveu o tiroteio como surreal, “uma cena de cinema”.
O policia Samuel Jimenez, que trabalhava na região desde 2017, foi o segundo a ser morto pelo atirador. Ele foi encontrado no saguão do Mercy Hospital, disse um porta-voz da polícia. Ele chegou a ser socorrido, levado para o Centro Médico da Universidade de Chicago para tratamento. “Ele estava em estado crítico, mas não resistiu ao tiro na cabeça”, disse Anthony Guglielmi, porta-voz da polícia.
A quarta vítima seria uma enfermeira do hospital, atingida no peito logo depois do policial. O suspeito, aparentemente baleado na cabeça, também foi encontrado dentro do hospital
Erix Horton, que trabalha no hospital, falou com um repórter do Chicago Tribune. “Eu estava me preparando para ir embora quando uma das enfermeiras correu para o lado de fora e foi como se ela estivesse prestes a entrar em colapso e disse ‘um membro da equipe foi ferido a tiros’. E ela pediu para eu ligar para a polícia”, disse.
Horton afirmou que se escondeu com outros funcionários na sala de descanso, que tem uma fechadura a prova de balas, até que a polícia entrou e escoltou todos para fora. “Enquanto estávamos na sala pudemos ouvir alguém disparando tiros no corredor, oito ou nove tiros”, disse. “Ficamos todos abaixados para nos proteger. Eu só queria chegar em casa para ver minha esposa e meus filhos.”
Nigary Thomspon, que trabalha na clínica familiar do hospital, disse que ouviu oito ou nove tiros. Os funcionários e pacientes da clínica trancaram as portas e se esconderam. “Isso poderia ter sido comigo, vi uma bala perfurar uma parede ao meu lado”, disse Thompson.