O Estado de S. Paulo

Tite quer mais criativida­de no meio-campo

Contra Camarões, Brasil faz última partida no ano e treinador tenta resolver problema do ‘processo de criação’ da equipe

- MILTON KEYNES, Inglaterra

A seleção brasileira entra em campo hoje às 17h30 para o seu último jogo da temporada. No modesto MK Stadium, na cidade de Milton Keynes, o Brasil enfrenta Camarões em seu quinto amistoso após a derrota para a Bélgica, nas quartas de final da Copa da Rússia. De adversário relevante, os comandados de Tite enfrentara­m a Argentina e Uruguai, ambos derrotados por 1 a 0. Os demais rivais foram os Estados Unidos (vitória por 2 a 0), El Salvador (5 a 0) e Arábia Saudita (2 a 0).

Apesar de não ser um duelo de peso, Tite não abriu a escalação. No entanto, adiantou algumas mudanças, como as entradas do goleiro Ederson, do zagueiro Pablo e do lateral-esquerdo Alex Sandro, além da manutenção de Firmino e Neymar.

A maior dúvida está no meio de campo. Allan, Walace, Paulinho, Arthur e Rafinha, além de Fabinho, lateral-direito que também atua no setor, são as opções do treinador, que lamentou as ausências de Philippe Coutinho e Lucas Paquetá.

“Os números do jogo contra o Uruguai e nossa sequência mostram que dificuldad­e nossa? O processo de criação, que é o mais difícil”, avaliou, na coletiva concedida na véspera do duelo. “O desempenho dentro de jogo vai oscilar, porque a base não está toda montada, algumas peças do meio têm feito falta a mais, o Coutinho, o Paquetá, que são jogadores que a gente sente mais na criação e chegada na frente”, disse o técnico.

A grande estrela de Camarões ficará à beira do gramado. Depois de uma carreira brilhante como jogador, e de comandar o Milan, da Itália, o Shenzhen, da China, e o Deportivo La Coruña, da Espanha, o holandês Clarence Seedorf, que no Brasil defendeu o Botafogo como jogador entre 2012 e 2014, assumiu como técnico da seleção africana. “Vamos nos defender sem a bola e ser ofensivos com a bola. Isso é futebol, não podemos pensar em ficar atrás. Temos de ter coragem. Não precisamos falar da importânci­a e história do futebol brasileiro, mas para nós é uma oportunida­de de crescer”, disse Seedorf.

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LUCAS FIGUEIREDO/CBF Treino. Seleção brasileira deve ter mudanças na escalação

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