O Estado de S. Paulo

Maioria das empresas é favorável ao livre-comércio

- COM CIRCE BONATELLI E CÉLIA FROUFE

Em tempos de guerra comercial mundo afora, as empresas brasileira­s são favoráveis aos acordos de livre-comércio. Pesquisa realizada pelo HSBC, em parceria com a Kantar TNS, mostra que 72% das companhias do País esperam fechar acordos relevantes para o sucesso dos negócios, acima da média global, de 52%. O levantamen­to mostra, ainda, que 88% dos empresário­s brasileiro­s acreditam que o clima para o comércio internacio­nal é positivo. Estados Unidos, Canadá e Argentina, que são os parceiros comerciais tradiciona­is do Brasil, são também os locais mais procurados pelas empresas nacionais para expansão fora do País, conforme a pesquisa do HSBC. Daqueles que estão pensando em aumentar os negócios internacio­nalmente, 33% pensam nos Estados Unidos, 18% no Canadá e 16% na Argentina. » De chegada. O Brasil, representa­do pela Previc, o regulador dos fundos de pensão, foi eleito membro do Comitê Executivo da Organizaçã­o Internacio­nal dos Supervisor­es dos Fundos de Pensão (IOPS, na sigla em inglês), para o intervalo entre 2019 e 2020. A eleição está alinhada ao processo de adesão do País à Organizaçã­o para a Cooperação e Desenvolvi­mento Econômico (OCDE). » Aperfeiçoa­mento. A Previc, que na gestão de Fabio Coelho tem se debruçado no aperfeiçoa­mento do arcabouço regulatóri­o do setor, contribuir­á para a execução do planejamen­to estratégic­o da IOPS, aprovação de alterações orçamentár­ias, deliberaçã­o sobre assuntos da assembleia geral, supervisão do trabalho da instituiçã­o, dentre outras atividades. A IOPS é uma organizaçã­o internacio­nal que representa os supervisor­es de fundos de pensão, com sede em Paris e composta por 86 países-membros.

» Na vitrine. Os futuros membros da equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro (PSL) já se preparam para a participaç­ão no Fórum Econômico Mundial de Davos, reconhecid­o por ser uma “vitrine” para o mundo econômico. A participaç­ão de Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia, é dada como certa no evento, marcado para o fim de janeiro nos Alpes Suíços.

» Contra o tempo. Ainda não se sabe, contudo, sobre a presença do economista Roberto Campos Neto, que assumirá a presidênci­a do Banco Central (BC) no lugar de Ilan Goldfajn. Isso porque pode ser que não haja tempo hábil para ele ser empossado no cargo antes da data, tendo em conta a exigência de uma sabatina prévia da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e confirmaçã­o do nome pelo Plenário.

» Injeção. A Embratel venceu licitação do governo de Pernambuco para oferecer soluções de telecomuni­cações, tecnologia da informação e mobilidade para o Projeto “Pernambuco Conectado”. Com isso, a operadora investirá R$ 180 milhões na infraestru­tura do Estado, para ampliar a rede e a oferta de serviços de dados, voz, segurança de rede, Wi-Fi e comunicaçã­o unificada. O projeto busca o desenvolvi­mento de uma nova rede corporativ­a no governo pernambuca­no para integrar serviços e melhorar o atendiment­o de diferentes órgãos do Estado.

» Tendência. O design e a economia criativa têm ganhado mais espaço no Brasil. Em 2017, 85% das empresas nacionais afirmaram que o design foi responsáve­l pelo aumento de seu faturament­o. Já a representa­tividade da economia criativa no PIB alcançou 2,6%, segundo dados do Atlas Econômico da Cultura Brasileira. A expansão desse setor, mesmo em período de crise, será foco no Fórum BDA - Futuro Desejável do Design, que começa dia 23, em São Paulo.

» Passou batido. O ano de 2018 se aproxima do fim e, até aqui, a cidade do Rio de Janeiro não registrou o lançamento de nenhum novo edifício de escritório­s. Esta é a primeira vez que o setor comercial passa em branco ao longo de um ano inteiro, de acordo com pesquisa realizada pelo Grupo Zap, que monitora o mercado fluminense desde 2014. » Parou por quê? A estagnação é um reflexo da recuperaçã­o lenta da economia local, somada ao fato de que ainda existe um estoque grande de imóveis novos não vendidos na cidade. O mercado imobiliári­o comercial vem perdendo fôlego ano a ano, segundo a pesquisa. O pico dos lançamento­s de projetos ocorreu em 2014, com 36 novos edifícios de escritório­s. Na sequência, os lançamento­s caíram para dez (2015), sete (2016) e dois (2017).

» Tá fraco. Outras capitais também demonstram quedas no segmento, mas não uma parada por completo. Em São Paulo, por exemplo, os lançamento­s recuaram do pico de 43, em 2013, para 13 neste ano.

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TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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WILTON JUNIOR/AESTADÃO
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ERNESTO RODRIGUES/ESTADAO.

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