Solução australiana
A saída dos médicos cubanos do Brasil tem como razão primeira a iminente reprovação no Revalida, no futuro governo. A seguinte, acender o pavio dos petistas para a convulsão social que imaginavam disso resultar. Têm combustível para tanto? Restanos uma enorme dificuldade para substituí-los, porque só “escravos” como os do regime comunista de Cuba podem “aceitar” tal trabalho. Explico. Nós, médicos, para bem exercermos nossa missão precisamos do apoio dos paramédicos e dos recursos para o diagnóstico das doenças, além da reciclagem necessária, ausente nessas paragens. Sem esses apoios resta apenas a ação social, também importante, para a qual os cubanos foram treinados, com objetivos políticos. Outro aspecto é que nossas famílias não se sujeitariam a viver numa comunidade desprovida de recursos para sua necessária ascensão sociocultural. Para um país de dimensões continentais como o nosso, a solução já foi encontrada pela Austrália, com o Royal Flying Doctor Service, que conheci no ano 2000. Trata-se de um programa de assistência médica imediata a populações distantes dos centros médicos. Quem gastou com Cuba mais de R$ 7 bilhões para essa maquiagem de assistência médica teve recursos para aqui desenvolver programa semelhante, adaptando-o também para assistência ambulatorial. Mas preferiu ganhar eleições. ANTONIO CARLOS GOMES DA SILVA acarlosgs9@gmail.com
São Paulo