O Estado de S. Paulo

Oficiais mais antigos vão comandar as três Forças

Anúncio foi feito pelo futuro ministro da Defesa; colega de turma de Jair Bolsonaro vai comandar Exército

- BRASÍLIA / TÂNIA MONTEIRO, BRENO PIRES, LUCIANA DYNIEWICZ e LUÍSA MARINI

O futuro ministro da Defesa, Fernando de Azevedo e Silva, anunciou ontem os comandante­s das Forças Armadas no governo Jair Bolsonaro. Os escolhidos serão no dia da posse os oficiais generais mais antigos de cada Força. A Marinha será comandada pelo almirante de esquadra Ilques Barbosa Júnior. O comandante do Exército será Edson Leal Pujol e a Força Aérea, pelo brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez. As indicações foram antecipada­s pelo Estadão/Broadcast.

“Os nomes preenchem todos

os requisitos, todos têm um currículo de excelente serviços prestados à nossa Marinha, ao Exército e à nossa Força Aérea. Conto com eles e tenho certeza de que o futuro presidente das nossas Forças Armadas conta com eles”, disse o novo ministro.

Pujol é da mesma turma de

aspirantes-a-oficial do presidente eleito, a de 1977 da Academia Militar das Agulhas Negras. É oriundo da Arma da Cavalaria – Bolsonaro era da Artilharia.

Sobre mudanças na Defesa, o futuro ministro avaliou que a pasta é a que menos sofre alterações. “Dentro da nova estrutura do novo governo, é o que menos muda, ou quase muda nada. É baseado nas Forças Armadas, na Marinha, no Exército e na Força Aérea, instituiçõ­es sólidas e muito organizada­s.”

Ele disse que a atuação das Forças Armadas na Segurança Pública pode existir, mas entende que só é apropriada em caso de emergência. “Esporadica­mente e eventual, como uma urgência”, disse, afirmando não poder julgar se hoje a presença é excessiva ou não. No caso da intervençã­o no Rio, que tem vigência até 31 de dezembro, o ministro comentou que não há previsão de prorrogaçã­o nem pedido até agora. O governador eleito do Rio, Wilson Witzel, cogita pedir a prorrogaçã­o da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

“O que ele pode solicitar mas não solicitou é a prorrogaçã­o da GLO ou não.” Se for solicitado, segundo ele, isso deverá passar por estudos. Sobre a presença nas fronteiras e o combate ao narcotráfi­co nas fronteiras, disse que as Forças Armadas têm feito a sua parte.

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