O Estado de S. Paulo

‘Bandeiras’ de Bolsonaro dificultam a escolha

- / R.C.

A educação foi um dos temas mais importante­s da pauta sobre valores morais trazida por Jair Bolsonaro à eleição presidenci­al. O presidente eleito defendeu fortemente o projeto Escola sem Partido, que determina que professore­s não podem discutir política, sexualidad­e ou gênero nas escolas. Essa posição – criticada por boa parte da comunidade educaciona­l – dificultou a escolha do futuro ministro da pasta porque Bolsonaro também queria um nome técnico.

Desde que foi eleito, diversos nomes foram cotados para o cargo. A atual presidente do Instituto de Pesquisas e Estudos Educaciona­is (Inep), Maria Inês Fini, foi um dos mais fortes. Apesar de estar ligada a gestões do PSDB, ela chegou a fazer campanha para Bolsonaro e é próxima de militares. No entanto, logo depois do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), seu nome foi descartado.

O primeiro nome que circulou como provável ministro foi o do ex-funcionári­o da FGVargas Stavros Xanthopoyl­os. Ele é especialis­ta em educação a distância, política que foi mencionada no programa de governo de Bolsonaro como solução para escolas rurais.

O Escola sem Partido está atualmente em discussão em comissão especial da Câmara. Há três semanas, deputados de esquerda impedem a votação. Se ele for aprovado segue ainda para votação no plenário.

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