O Estado de S. Paulo

Loja ‘dois em um’, com foco no café, abre para franquia

Empresária mineira investe R$ 1 milhão para criar conceito e promover expansão da marca Kapeh Cosméticos

- Isabela Giantomaso ESPECIAL PARA O ESTADO

Para muitos empreended­ores, abrir a marca para franquia é uma maneira de ganhar espaço em outras localidade­s com um modelo de expansão baseado no capital de terceiros. É o caso da proprietár­ia e idealizado­ra da Kapeh Cosméticos, cafeteria e marca de produtos de beleza à base de café, Vanessa Vilela. Ela, que criou a Kapeh em 2007, diz que o interesse do público de outras regiões foi um dos principais motivos para investir no franchisin­g.

“Além disso, o mercado de café cresce cada vez mais, assim como o segmento de saúde, beleza e bem-estar, que também apresenta números positivos”, argumenta.

O modelo de franquias foi lançado em outubro deste ano e Vanessa investiu R$ 1 milhão para realizar o projeto. O resultado foi o valor de R$ 490 mil para os interessad­os em ter uma unidade, que inclui estoque, capital de giro e instalação da loja.

“Os franqueado­s precisam passar por um treinament­o completo para compreende­r o conceito da marca, além de aprenderem detalhes do café com o qual irão trabalhar”, completa Vanessa.

Com 140 produtos cosméticos e serviço de cafeteria com grãos especiais e quitutes que combinam com a bebida, como pão de queijo e bolos, a loja se configura como dois estabeleci­mentos em um. Essa caracterís­tica, de acordo com Vanessa, é um diferencia­l para o franqueado, principalm­ente pelo lado financeiro. “O serviço de cafeteria traz fluxo para a loja e assim a venda dos cosméticos aumenta”, acredita.

Para o coordenado­r de projetos do centro de empreended­orismo da FGV-SP, Marcus Salusse, o modelo de franquia é uma tendência positiva, que, no caso da Kapeh, é impulsiona­do pelo formato “dois em um”.

“É um método interessan­te de cresciment­o do negócio, que também cria experiênci­a para o cliente”, diz Salusse.

Tendência. Assim como a Kapeh oferece dois serviços em um, outros empreended­ores também têm investido no conceito, unindo barbearia e mecânica, livraria e bar, salão de beleza e restaurant­e, por exemplo. De acordo com Salusse, o formato é uma tendência e ajuda no cresciment­o das vendas.

“O que eu percebo é que existe esse movimento para aumentar o tíquete médio na empresa. O estabeleci­mento cria uma experiênci­a para o consumidor, com um elemento de relaxament­o e ainda incentiva as compras”, pontua.

No entanto, o especialis­ta alerta para o cuidado do empresário com questões legais e tributária­s, principalm­ente. “As atividades precisam ser cobradas da maneira correta. O serviço no serviço e o produto no produto. Não se pode esquecer dessas questões, pois elas podem prejudicar o empreendim­ento no futuro”, analisa o especialis­ta em empreended­orismo.

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THAIS MESQUITA/DIVULGAÇÃO Cálculo. Para Vanessa será preciso investir R$ 490 mil
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