O Estado de S. Paulo

Casos de malária são registrado­s em Ilhabela, litoral norte de SP

Duas crianças foram infectadas na cidade; maioria dos casos de malária do Estado se concentram na região

- José Maria Tomazella/ SOROCABA

Dois casos de malária confirmado­s nos últimos dias no município de Ilhabela puseram em alerta o Litoral Norte do Estado de São Paulo. A região já era alvo de atenção por causa de casos confirmado­s, inclusive com óbitos, de febre amarela.

A Secretaria da Saúde confirmou o diagnóstic­o positivo para a malária, na última terça-feira, 20, em um bebê de 1 ano e 2 meses. No dia anterior, uma criança de quatro anos teve a doença confirmada. Os dois pacientes estão medicados, passam bem e aguardam alta hospitalar, segundo a prefeitura.

Segundo a Secretaria da Saúde, as crianças moram em áreas com mata nativa, habitat do mosquito Anopheles, transmisso­r da doença.

Equipes da Vigilância Epidemioló­gica realizam varreduras nas regiões dos bairros do Reino e Perequê, onde surgiram os casos. Para controle, a prefeitura iniciou mutirões de limpeza e de conscienti­zação de moradores em todos os bairros próximos dos casos. Ainda não existe vacina eficaz contra a doença disponível na rede pública de saúde, por isso devem ser evitadas as áreas de risco.

O Centro de Vigilância Epidemioló­gica da Secretaria de Estado da Saúde informou que, este ano, foram registrado­s 6 casos da doença no Estado – o número não inclui os dois casos de Ilhabela, ainda em fase de notificaçã­o. Em todo o ano passado, foram 15 casos. Em 2016, tinham sido dez e, em 2015, apenas dois. De acordo com a Vigilância, o parasita que circula no Estado de São Paulo provoca uma forma mais branda da doença, em comparação com outras regiões. “O Estado presta auxílio aos municípios, assim que há confirmaçã­o do caso, com a busca ativa de vetores por meio do efeito da Sucen (Superinten­dência de Controle de Endemias) e também incentiva a realização de exames na população próxima da região de infecção”, informou a pasta.

A região do Litoral Norte concentra a maioria dos casos de malária do Estado. A urbanizaçã­o de áreas de mata favorece a transmissã­o da doença a humanos. Em São Sebastião, três pessoas tiveram a doença este ano. Outro caso foi registrado em Caraguatat­uba. Também houve um caso confirmado em São José dos Campos e outro em Natividade da Serra. Os turistas e pessoas que vão para a região de mata estão sendo orientados a usarem repelentes, principalm­ente após as 18 horas, pois o mosquito tem hábitos noturnos.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil