O Estado de S. Paulo

Taça coroa arrancada quase perfeita

No Rio, Palmeiras bate o Vasco e mostra que título não veio por acaso: rodízio do elenco foi fundamenta­l na conquista

- Marcio Dolzan / RIO

O Campeonato Brasileiro tem um campeão indiscutív­el. Invicto há 22 jogos, dono do maior número de vitórias, time que mais marcou gols e que menos sofreu na competição, o Palmeiras bateu o Vasco por 1 a 0 ontem em São Januário e chegou ao seu décimo título nacional. A festa no Rio de Janeiro, em São Paulo e Brasil afora é do Palmeiras.

A conquista coroa uma campanha quase irrepreens­ível a partir da reta final do primeiro turno. Após um início titubeante sob o comando do técnico Roger Machado – que deixou a equipe em julho, na sétima posição –, o clube paulista trouxe de volta um velho conhecido, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, e não perdeu mais na competição.

O título também demonstra mais uma vez que enquanto bons times vencem jogos, bons elencos vencem campeonato­s. E o Palmeiras tem os dois. O décimo título nacional do clube se tornou realidade mesmo que Felipão tenha usado mais de duas dezenas de jogadores diferentes ao longo do Brasileirã­o.

O jogo, contudo, não foi uma exibição de encher os olhos. Contra os cariocas, o Palmeiras parecia administra­r a vantagem na tabela do Brasileirã­o e não tinha pressa em vencer.

Com Felipe Melo e Bruno Henrique firmes à frente da área, a equipe fez um primeiro tempo sem sobressalt­os na defesa e pouco inspirado no ataque. Dudu iniciou no lado direito e terminou na outra ponta. Lucas Lima, sem espaço para criação, estava com dificuldad­es. Mais à frente, Willian se limitava a passes laterais e Borja era uma figura quase nula.

O que pareceu motivar o Palmeiras foram os dois gols do Flamengo sobre o Cruzeiro, resultado que adiava a definição do campeonato para a última rodada. Coincidênc­ia ou não, na etapa final, o Alviverde avançou suas linhas e passou a ser mais incisivo na frente. Deyverson entrou na vaga de Borja, Scarpa substituiu Lucas Lima e as chegadas ao gol passaram a ser mais comuns. O gol do título veio aos 27. Dudu lançou Willian pelo lado esquerdo da área e o atacante tocou no meio para Deyverson mandar às redes.

A abertura do placar significou também o começo da festa dos palmeirens­es, que até se infiltrara­m em meio à torcida vascaína. Dentro de campo, o time retomou o cuidado defensivo e decidiu parar de ir ao ataque. E nem precisava mesmo. O título nacional, o décimo da história, já era do Palmeiras.

‘Não é por acaso que o Palmeiras está assim. É um exemplo para outros times brasileiro­s’

Moisés, volante do Palmeiras

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RICARDO MORAES/REUTERS 1.
 ?? RICARDO MORAES / REUTERS ?? 3. 1. Abraço. Jogadores celebram no campo 2. Decisivo. Dudu iniciou jogada do gol do título 3. Capitão. Bruno Henrique disputa bola
RICARDO MORAES / REUTERS 3. 1. Abraço. Jogadores celebram no campo 2. Decisivo. Dudu iniciou jogada do gol do título 3. Capitão. Bruno Henrique disputa bola
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FABIO MOTTA /ESTADÃO 2.
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WILTON JUNIOR/ESTADÃO

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