Permanência do técnico facilita planejamento
Continuidade de Felipão, que será mantido na nova gestão Galiotte, ajuda nos reforços e na Libertadores de 2019
O título vai dar ao Palmeiras uma oportunidade rara para se preparar para 2019. A continuidade do técnico é uma vantagem em comparação aos últimos anos. Luiz Felipe Scolari tem contrato assegurado, prestígio e tempo para afinar o planejamento do próximo ano.
Nas duas últimas temporadas, o Palmeiras trocou de técnico no fim da disputa. Cuca saiu depois do título brasileiro em 2016 e o interino Alberto Valentim deu lugar a Roger Machado em 2017. A situação não se repetirá agora. Felipão se apresentou em agosto e, mesmo com pouco tempo para trabalhar, fez o elenco ser campeão.
A expectativa é vê-lo sugerir reforços e acompanhar a prétemporada. Novamente, o grande objetivo é a Libertadores. A campanha de semifinalista deste ano mostrou bons indícios de que o projeto está no caminho certo e que tropeços podem servir como aprendizado – o time foi eliminado pelo Boca.
A experiência adquirida nos últimos anos tornaram o clube mais maduro e preparado. No sábado, o presidente Maurício Galiotte foi reeleito para mais três anos de mandato. A chegada de reforços está confirmada, como o atacante Arthur, destaque do Ceará, e o meia Zé Rafael, do Bahia. Em janeiro também vão se apresentar na Academia nomes como o zagueiro Emerson Santos, o lateral Fabiano e o meia Raphael Veiga, que passaram 2018 emprestados a outros times para ganhar experiência.
Galiotte não pretende mexer no departamento de futebol. Assim, o diretor Alexandre Mattos deve buscar contratações de peso. Mas pontuais. Uma das prioridades será o ataque. O Palmeiras acha necessário um atacante que atue pelos lados do campo, com velocidade e drible como pontos fortes. Essas características ficaram em falta no elenco depois da saída de Keno para o futebol egípcio. Felipão já pediu um jogador assim.
A preparação do Palmeiras para 2019 será diferente dos anos anteriores. Apesar de não vencer o Campeonato Paulista desde 2008, o clube não deve jogar o torneio com sua força máxima. A ênfase será utilizá-lo como um “treino de luxo”. O motivo é o rompimento da diretoria com a Federação Paulista de Futebol (FPF) pela polêmica de interferência externa na arbitragem durante a final deste ano.
“Partida a partida, decidiremos se vamos escalar garotos ou time mesclado. O Paulista é pequeno perto dos demais campeonatos. Vamos usar como preparação”, disse ao Estado o presidente do clube Mauricio Galiotte.