Torcida faz a festa em torno do Allianz
Palmeirenses lotam as ruas próximas à arena e sofrem até o gol de Deyverson garantir o decacampeonato
Parecia dia de jogo no Allianz Parque. O trânsito carregado nas imediações trazia torcedores devidamente vestidos com o uniforme do Palmeiras. Eles chegavam de carro, ônibus, táxi e coloriam de verde e branco as calçadas.
A CET adotou o mesmo padrão de quando o time joga no estádio: fechou a rua Palestra Itália e as travessas Diana e Caraíbas, na Pompeia. A polícia concentrou o efetivo da região no local. Os ambulantes estenderam os varais, entre um poste e outro, com bandeiras, camisas, bonés e, claro, as faixas de campeão. De decacampeão.
O vendedor Felipe Oliveira, de 20 anos, antes e durante o jogo, vendeu as faixas por R$ 20. Após a confirmação da taça subiu o preço para R$ 40. Continuou vendendo. Apesar de torcer para o São Paulo, estava feliz com a conquista. “Quero vender tudo o que tenho”, disse ele que tinha estoque de 50 faixas.
Os torcedores, de todas as idades, tomaram as ruas. A PM não soube precisar quantos. Durante o primeiro tempo, um pessoal acabou desistindo de ficar no meio da multidão, se acomodou nas mesas e passou a acompanhar o time no conforto do smartphone. Havia tevê ligada.
Laura Cardoso, de 67 anos, não via o jogo nem da TV nem do celular. Para ela só a festa já bastava. Andava de um lado para o outro no local de maior movimentação, na esquina da Palestra com a Caraíbas na região que conhece bem. Ela trabalha a dois quarteirões dali e sempre acompanha o Palmeiras do bar. Nunca entrou na arena. Ao notar o fotógrafo do Estado, fez pose. “Foto de campeão, vamos ganhar do Vasco”, disparou.
O término da etapa inicial deixou Dona Laura e os demais torcedores apreensivos. Muitos queriam saber como estava o jogo do Flamengo, que aquela altura vencia o Cruzeiro por 1 a 0.
O segundo tempo começou e com ele veio uma breve chuva, que serviu para animar ainda mais os palmeirenses. Mas o gol teimava em não sair. O Fla ampliou o placar para desespero dos torcedores. O grito de gol e a garantia da festa só veio aos 28 minutos, quando Deyverson marcou. Os fogos de artifício comprados nos últimos dias finalmente estouraram e desentalaram o grito de campeão.
‘É trabalho que a gente construiu desde o começo do ano, por méritos. Para a torcida’ Willian, atacante do Palmeiras