O Estado de S. Paulo

UMA LUTA PARA SER VISTA NOS CINEMAS

- Wilson Baldini Jr.

Nenhum tablet, computador ou smartphone supera a emoção de ver um grande evento na telona. Por isso, a luta entre o norte-americano Deontay Wilder e o britânico Tyson Fury vai ser transmitid­a em 500 salas de cinema dos Estados Unidos, Canadá e México, no próximo sábado, direto de Los Angeles.

Estará em disputa o cinturão mundial dos pesos pesados do Conselho Mundial de Boxe (CMB), o mais importante do esporte, que pertence a Wilder desde janeiro de 2015, um boxeador, de 33 anos, 2,01 metros e 100 quilos. Fury, de 30 anos, mede 2,06 metros e deverá subir no ringue perto dos 120 quilos.

Se o duelo terá transmissã­o para o Brasil pelo canal Fox Sports, nos Estados Unidos quem quiser ver a luta terá de pagar US$ 74,99 (R$ 287) no sistema pay-per-view ou correr ao ginásio do Staples Center, em Los Angeles, onde algumas centenas de bilhetes ainda estão à disposição, diante dos quase 20 mil colocados à venda.

O vencedor de Wilder x Fury iniciará uma campanha publicitár­ia para encarar o britânico Anthony Joshua, dono dos títulos da Associação Mundial, Federação Internacio­nal e Organizaçã­o Mundial de Boxe.

Se Fury for o vencedor, o acordo é mais simples de ser feito.

Em má fase depois que Mike Tyson, Evander Holyfield e Lennox Lewis penduraram as luvas, a principal categoria do boxe ressurgiu com a presença de Wilder, Fury e Joshua. Os três são muito populares nas redes sociais e possuidore­s de vários patrocinad­ores individuai­s.

Joshua, por exemplo, tem contrato com pelo menos dez marcas esportivas e suas bolsas atingem os R$ 150 milhões por luta. Um possível combate com Wilder pode render prêmio de R$ 250 milhões para cada um.

Os três principais pesos pesados do momento estão invictos. Wilder soma 40 vitórias, com 39 nocautes. Fury tem 27 triunfos, com 19 nocautes, enquanto Joshua, de 29 anos, campeão olímpico em Londres201­2, tem 22 vitórias – em 21 delas os oponentes foram à lona.

Apesar do dinheiro que os boxeadores ganham e dos números imponentes em seus cartéis, o trio de pesos pesados ainda precisa fazer muito em cima do ringue para conquistar respeito dos críticos. “Não posso falar muito deles. Ainda pouca coisa foi feita em suas carreiras”, afirmou o escritor e jornalista Thomas Hauser. Lennox Lewis dá um recado. “Eles precisam se enfrentar. Um contra o outro. Só assim os fãs vão ficar motivados a apontar quem é o melhor.”

O primeiro capítulo será no próximo sábado, com refrigeran­te e pipoca.

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