QuintoAndar recebe aporte de R$ 250 milhões
O QuintoAndar, startup paulistana que facilita a locação de imóveis, anunciou ontem que levantou R$ 250 milhões em sua terceira rodada de captação, liderada pelo fundo americano General Atlantic.
A empresa usará o dinheiro para consolidar suas operações em Belo Horizonte, Brasília e Goiânia, e para estrear em cidades da região Sul, como Porto Alegre e Curitiba. O QuintoAndar está presente em São Paulo desde 2015 e iniciou a sua operação no Rio de Janeiro em 2018.
Além do General Atlantic, a rodada contou com participação dos fundos Kaszek Ventures, Ruane, Cunniff & Goldfarb, Qualcomm Ventures e QED. Os recursos também serão empregados no estabelecimento de um sistema de parceria com imobiliárias do País, que poderão usar a plataforma do QuintoAndar para representar locatários e proprietários. A startup pensa até em comprar as carteiras de imobiliárias menores.
“Vamos digerir esse investimento, mas temos um plano ambicioso”, diz ao Estado Gabriel Braga, cofundador da companhia. Em 2016, a startup havia captado US$ 12,5 milhões de fundos como o Qualcomm Ventures e o Kaszek, de ex-funcionários do Mercado Livre.
Além de facilitar aluguéis, o QuintoAndar também é uma grande plataforma de dados sobre o mercado imobiliário. E pretende, brevemente, oferecer informações para imobiliárias e construtoras sobre tendências e comportamentos de quem procura uma casa nova.
“O jeito de morar mudou. As pessoas se mudam mais vezes e tem vínculo menor com o imóvel”, diz Braga. Os dados da plataforma podem ajudar proprietários a tirar melhor proveito do seu investimento.
Como funciona. No site e nos apps criados pela startup, quem busca um imóvel pode selecionar o tipo de residência de seu interesse e reservar uma visita aos seus apartamentos favoritos. As visitas são acompanhadas por corretores credenciados, os quais também trabalham usando um aplicativo de celular – à semelhança do que faz um motorista Uber.
Quando um contrato é fechado, o Quinto Andar fica com o aluguel total do primeiro mês, e mais 8% das mensalidades pagas pelos inquilinos nos meses seguintes até o fim da vigência do contrato – a porcentagem está em linha com a média do mercado de locações residenciais.