Foguetinho da era digital
Audi A1 muda de geração, fica maior e traz soluções de carros superiores
OA1 chegou à segunda geração maior e com tecnologia de carros de segmentos superiores. A má notícia é que, ao menos por ora, a Audi não pretende vendê-lo no mercado brasileiro. Isso porque seu preço ficaria acima dos R$ 150 mil, faixa semelhante à do médio A3.
O novo A1 abandonou os motores a diesel. Agora, há três opções a gasolina, todas com turbo e injeção direta. Há ainda novas nomenclaturas, que não têm qualquer significado.
O A1 A 30 traz o 1.0 de 115 cv. É o mesmo três-cilindros do Polo, mas com menor potência. Aliás, o hatch da Volkswagen feito também no Brasil compartilha a base com o Audi.
Na opção de entrada, o alemão tem um novo câmbio manual de seis velocidades. A intermediária, 35, traz o 1.5 de 150 cv e câmbio manual de seis ou automatizado de sete marchas e duas embreagens.
Avaliamos a versão 40, com o 2.0 de 200 cv. Trata-se da opção de topo da linha, com câmbio automatizado de seis marchas e duas embreagens. O ótimo torque, de 32,6 mkgf, surge em baixa rotação (a marca não divulgou dados do carro).
A boa combinação de potência e torque altos e peso reduzido (1.260 quilos) faz do A1 40 um foguetinho de disparar o coração. O Audi responde com ímpeto à pressão no pedal do acelerador – o giro do 2.0 sobe rápido, enquanto as costas do motorista colam no banco.
Fazer ultrapassagens em pista simples, como no trajeto entre Málaga e Ronda, na Espanha, foi muito fácil. O A1 40 pode acelerar de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos, de acordo com dados da fabricante.
Opcionalmente, há amortecedores adaptativos e suspensão esportiva. Os itens, presentes no carro avaliado, vêm em um pacote que inclui os ajustes de condução (modos eficiente, normal e dinâmico).
O ponto negativo é a frenagem. Como os freios são muito sensíveis, mesmo se o motorista pressionar o pedal de leve, o
carro praticamente estanca, o que pode causar sustos.
EQUIPAMENTOS
O A1 40 tem painel virtual configurável de 10,2 polegadas. A
tela do multimídia, com 8,8”, é sensível ao toque e controla várias funções. O mapa do GPS tem realidade aumentada.
Esses recursos digitais devem agradar em cheio o público jovem. A cabine é bonita, mas o acabamento poderia ser melhor. Nas portas, por exemplo, há plásticos muito duros.
O pacote de segurança traz leitor de faixa da via e controlador de velocidade adaptativo.
Em relação à primeira geração, o novo A1 é 5,6 centímetros mais comprido (4,03 metros). A distância entre os eixos cresceu quase 10 cm e o portamalas ganhou 65 litros.
A JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA AUDI