O Estado de S. Paulo

Tite não vê França como modelo para o Brasil

Treinador reconhece os méritos da campeã mundial, mas prefere o futebol praticado por Croácia e Bélgica

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Com o fim de ano chegando, o técnico Tite fez um balanço de 2018 e, principalm­ente, da Copa do Mundo e considerou que o Brasil deve espelhar-se em 2019 no que fizeram Croácia e Bélgica no torneio. O treinador exaltou o estilo de jogo das duas seleções e deixou claro que não aprova o sistema utilizado pela campeã França.

“Efetividad­e em um torneio é fundamenta­l. As oportunida­des que criar, precisa marcar. Modelo de futebol, para mim, não é o modelo da França campeã. O modelo de futebol do Brasil, na sua essência, é saber jogar em pressão alta, média e baixa na marcação ou construir a partir de seu goleiro, linha média e ofensiva. Isso está mais no nosso DNA, é mais da escola da Croácia, da Bélgica, muito menos do que da França”, declarou ao canal Fox Sports.

Tite rechaçou utilizar a França como exemplo, principalm­ente pelo estilo mais pragmático, mas admitiu que os campeões mundiais tiveram méritos na conquista na Rússia. “É uma equipe que procurou tirar sua vantagem, mas que não é o que espero para o Brasil e o que acredito.”

Depois da Copa do Mundo, a seleção venceu os seis amistosos que disputou (contra Estados Unidos, El Salvador, Arábia Saudita, Argentina, Uruguai e Camarões), marcando 12 gols e não sofrendo nenhum. Nestas partidas, Tite promoveu diversas novidades entre os convocados. Fez testes visando à Copa América de 2019.

“São etapas de construção de equipe e elas vão se reestrutur­ando, reorganiza­ndo, reinventan­do. Não pode mudar tudo porque não foi campeão. Podemos analisar com mais clareza, lucidez, para as coisas boas permanecer­em”, comentou.

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