PALESTRANTES
O mercado de capitais é, definitivamente, uma alternativa para as empresas brasileiras poderem se financiar e crescer. Pode não ser a melhor alternativa em todos os momentos, mas ela tem de estar na mesa de todas as companhias. O custo de um IPO (Oferta Pública Inicial) gira em torno de 4% a 5% do valor total da oferta, e os gastos recorrentes, derivados dessa abertura de capital, ficam em algo próximo de 0,2% da receita líquida anual.
TIAGO CURI ISAAC
Superintendente de Relacionamento com Empresas da B3
Apesar de a perspectiva de crescimento de 2,5% do PIB em 2019 não ser muito grande para uma economia como a nossa, o importante é que o ano marcará o início do crescimento de verdade: a tendência inverteu. Já os juros abaixo de 10%, para o mercado de capitais, significam uma migração maior para a renda variável. Como no Brasil a renda fixa é a categoria dominante, o dinheiro vai ter de trocar de casinha.
ANTONIO PEREIRA
Chefe do Investment Banking do Goldman Sachs no Brasil
A boa governança tem múltiplas funções. Serve para ajudar a atrair investidores, reduzir o spread bancário e as garantias exigidas num empréstimo, melhorar a precificação na venda da empresa a um fundo de private equities ou na abertura de capital, reduzir custos com seguros, facilitar o processo de sucessão familiar e a profissionalização, bem como reduzir os riscos com perdas, fraudes, de contingência e reputacionais.
SIDNEY ITO
Sócio em Riscos e Governança Corporativa no Brasil e na América do Sul da KPMG
Temos visto neste ano uma mudança no pensamento dos administradores e gestores dos fundos de private equity, que têm olhado muito mais para investimentos defensivos. Eles estão procurando setores como educação e saúde e olhando menos áreas mais sujeitas a oscilação de mercado, como o varejo. A tendência é que isso mude no ano que vem: com a economia melhorando e as incertezas diminuindo, os fundos vão voltar a investir em empresas não tão defensivas.
MAURO CESAR LESCHZINER
Sócio nas áreas de M&A e private equity do escritório Machado Meyer
O executivo de uma empresa que vai receber investimento tem de ter capital intelectual e emocional. Se ele for para uma reunião com um fundo de private equity ou com um banco de investimentos e não souber responder perguntas básicas, seja de gestão, financeiras ou estratégicas, já era. Com o capital emocional é a mesma coisa: se ele não tiver a compreensão do momento certo para ir ao investidor, ele vai queimar a empresa.
ADEMAR COUTO
Sócio-diretor da empresa de seleção de executivos Odgers Berndtson