O Estado de S. Paulo

Presidente eleito cogita general para comandar área de Esportes

Indicado pelo vice, Hamilton Mourão, Marco Aurélio Vieira é cotado para a área, que perderá o status de ministério

- Tânia Monteiro Leonencio Nossa / BRASÍLIA

O futuro governo de Jair Bolsonaro poderá ter mais um general na equipe. Indicado pelo vice-presidente eleito, o também general Hamilton Mourão, Marco Aurélio Costa Vieira pode assumir a área de Esportes, que perderá status de ministério no futuro governo e será incorporad­a à pasta da Cidadania.

A ligação com as Forças Armadas tem sido um trunfo para candidatos a vagas na futura gestão. Até agora, Bolsonaro já escolheu seis militares e outros dois nomes com formação militar para o primeiro escalão do governo. Além do vice, que acumulará funções da Casa Civil, o novo governo terá os generais Augusto Heleno, futuro chefe do Gabinete de Segurança Institucio­nal (GSI); Carlos Alberto dos Santos Cruz, que irá para a Secretaria de Governo, e Fernando Azevedo e Silva, no Ministério da Defesa. Também farão parte do primeiro escalão o astronauta Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), que é tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), e o almirante de esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerqu­e Junior, oficial da Marinha, anunciado ontem para o Ministério de Minas e Energia.

Além deles, dois futuros ministros têm formação militar. Tarcísio Gomes de Freitas, escolhido para a Infraestru­tura, é formado pelo Instituto Militar de Engenharia, e Wagner Rosário, que continuará à frente da Controlado­ria-Geral da União (CGU), é graduado e pós graduado pela Academia Militar das Agulhas Negras e pela Escola de Aperfeiçoa­mento de Oficiais do Exército.

Também há militares escolhidos para cargos importante­s, mas sem status de ministério­s. É o caso do general Maynard Santa Rosa, que vai para a Secretaria de Assuntos Estratégic­os (SAE). O general Floriano Peixoto Vieira Neto é cotado para assumir a Secretaria de Comunicaçã­o Social do governo. Paraquedis­ta. O general Marco Aurélio Costa Vieira, cotado para assumir a Secretaria de Esportes, é paraquedis­ta, como Bolsonaro, e foi diretor executivo de Operações da Olimpíada do Rio e diretor executivo do Revezament­o da Tocha Olímpica em 2016. Ele já faz parte da equipe de transição que tem trabalhado no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Segundo o deputado Osmar Terra (MDB-RS), futuro ministro da Cidadania, ao qual a área será subordinad­a, Vieira é um nome “respeitáve­l”.

Outro nome que pode ser confirmado no governo é o da advogada e pastora Damares Alves, convidada para chefiar o novo Ministério de Direitos Humanos, Família e Mulheres depois que Bolsonaro rejeitou indicações feitas pela bancada evangélica. Damares é assessora do senador Magno Malta (PR-ES), que esperava um convite para compor o primeiro escalão. Parte da bancada evangélica avalia que a sondagem a Damares foi uma “afronta” e “ingratidão” a Malta.

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GLAUCON FERNANDES/ELEVEN COE. General Marco Aurélio Vieira trabalhou nos Jogos Olímpicos Rio 2016

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