O Estado de S. Paulo

Esperamos que Campo de Marte seja desativado, afirma prefeito

- Adriana Ferraz Bruno Ribeiro

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse ontem esperar que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), cumpra a promessa de fechar o Campo de Marte, na zona norte. Antecessor­es de Covas também já prometeram limitar ou encerrar as atividades do terminal.

Em agosto de 2017, o então prefeito e hoje governador eleito, João Doria (PSDB), firmou com o presidente Michel Temer acordo sobre o local. A União se compromete­u a ceder 400 mil m² do terreno ao Município para um projeto que incluiria um museu aeroespaci­al, um parque (em fase de projeto) e, por último, o fim das operações de aviação executiva.

“Esperamos agora que o governo eleito (Bolsonaro) possa dar continuida­de àquilo que foi combinado com o atual governo (Temer), que é a vinda gradual daquele espaço para a Prefeitura e a desativaçã­o do aeroporto”, disse Covas ontem.

Após o encontro com Temer, Doria até anunciou o fim das operações do terminal para 2020. Ele defendeu a desativaçã­o da pista, afirmando que vários aeroportos funcionais em implementa­ção no entorno da capital poderiam substituir o Campo de Marte, que ficaria só com a aviação de helicópter­os. Mas justamente essa possibilid­ade de repassar decolagens e pousos de aviões de pequeno porte para outras cidades que sempre empacou qualquer tipo de negociação.

Nesse assunto, Doria combinava com o ex-prefeito Fernando Haddad. O petista até fez pedido oficial à Aeronáutic­a para tirar a asa fixa de lá. Antes, Gilberto Kassab (PSD), José Serra (PSDB) e Celso Pitta também cogitaram transforma­r a área de 2 km² em parque.

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