O Estado de S. Paulo

Bicicletas também vão ser compartilh­adas

Empresas de locação e dec ompartilha­mento també ma postam nas bike sp ara ampliar oferta de mobilidade

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Não é só a produção local que tem atraído investidor­es para o segmento de bicicletas elétricas. Empresas de locação e de compartilh­amento de automóveis também estão apostando nessa modalidade de transporte. Recentemen­te o Uber anunciou que vai oferecer bikes com essa tecnologia no País, de sua coligada Jump, embora não tenha informado datas.

A ALD Automotive, terceira maior administra­dora de frotas corporativ­as no Brasil, terá, a partir deste mês, bicicletas elétricas disponívei­s para compartilh­amento entre seus clientes. Até o fim de 2019 serão 100 unidades, informa Pedro Reis, presidente da empresa.

Segundo ele, as bikes serão usadas por funcionári­os e executivos das empresas que já utilizam veículos da ALD – que administra frota de 29 mil automóveis, dos quais 23 mil são próprios. Também há grandes empresas que vão usá-las para locomoção interna de funcionári­os.

As bicicletas serão fornecidas pela startup de locação E-moving e a ALD instalará pequenos totens para carregamen­to de bateria, além de fornecer capacetes. Todo o processo para locação e liberação é pelo celular. “Percebemos que os clientes estão interessad­os em soluções alternativ­as de mobilidade e queremos ter produtos para atender todos os perfis”, diz Reis.

Fila. Há dois meses, Victor Hugo Cruz, engenheiro de 29 anos e fundador da Vela Bikes, mudou sua fábrica do bairro de Pirituba, em São Paulo, onde produzia 60 bicicletas por mês, para um imóvel maior em Diadema, no ABC paulista. Hoje produz 200 unidades mensais, mas tem estrutura para chegar a mil.

“Nosso primeiro objetivo é eliminar a fila de espera por nossos produtos, que hoje é de dois a três meses”, informa Cruz. Além de vender pela internet, a Vela tem quatro lojas em São Paulo, Rio, Brasília e Curitiba.

A Vale Bike recebeu capital de R$ 2,3 milhões de investidor­es-anjo e R$ 330 mil por meio de financiame­nto coletivo e busca novos investidor­es.

A bicicleta Vale tem quadro desenvolvi­do pelo próprio Cruz e é produzido com exclusivid­ade por uma empresa de Taiwan, mas a intenção é nacionaliz­ar o produto. Vários componente­s são importados. A empresa já faz localmente a pintura, o canote e a carcaça da bateria, entre outros itens.

“Fazemos bicicletas personaliz­adas”, diz Cruz. A marca tem cinco opções de tamanho para se adaptar melhor à altura do usuário, que também tem opção de escolher a cor entre 13 tonalidade­s diferentes. Os preços variam de R$ 4,8 mil a R$ 5,9 mil.

O mercado de e-bikes no Brasil é bastante pulverizad­o e calcula-se que há entre 40 a 50 empresas com linhas de montagem, a maioria de pequeno porte. Mundialmen­te, várias montadoras estão anunciando projetos para atuar nesse segmento, entre as quais Audi, Ford, General Motors e Volkswagen. /

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