O Estado de S. Paulo

Lei garante motorista a família de Bolsonaro

- ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/

Os cinco filhos do presidente eleito, Jair Bolsonaro, terão direito a carro blindado e a segurança bancados com verba pública. O Artigo 10 da Lei 13.502/17 estabelece que cabe ao Gabinete de Segurança Institucio­nal garantir a integridad­e do presidente, do vice e também de seus familiares. Como os três mais velhos, Flávio, Carlos e Eduardo, estarão exercendo mandato legislativ­o a partir de 2019, terão, ainda, direito a proteção das Casas nas quais trabalharã­o. Os filhos mais novos, Renan e Laura, e a primeira-dama, Michelle, ficarão a cargo do GSI.

» Déjà vu. Nesta semana, a Justiça negou ação que pedia ressarcime­nto a Dilma Rousseff pelo uso do carro oficial por sua filha, Paula, e o marido dela, Rafael Covolo. O juiz entendeu que há previsão legal para os deslocamen­tos em razão de “maior exposição pública”.

» Benesses. Os servidores que farão a segurança dos filhos de Bolsonaro terão cartão corporativ­o para pagamento de despesas. Em 2008, uma falha no sistema revelou que um segurança pessoal de Lurian Cordeiro, filha do ex-presidente Lula, gastou R$ 55 mil em Florianópo­lis, onde ela mora.

» Só namoro. Antonio Palocci puxou a fila. Outros presos em Curitiba começaram a discutir com a PF um acordo de delação premiada. Eduardo Cunha está entre os interessad­os.

» Lupa. Investigad­ores dizem que boa parte do que Palocci delatou já foi comprovada. A equipe continua trabalhand­o. O ex-ministro prestou depoimento­s separados para a equipe que analisa casos com e sem foro.

» Bateu a meta. Guardada a sete chaves, a delação de Palocci cita muitos políticos, mas não chega a ser uma “lista de Fachin”, que tinha 63 parlamenta­res e oito ministros. Investigad­ores que no início diziam não se tratar de uma “delação do fim do mundo” agora silenciam sobre o resultado alcançado.

» Sem voz. Dos 17 parlamenta­res da frente evangélica que entregaram a Bolsonaro uma lista com os indicados para o Ministério da Cidadania, sete não se reelegeram. Entre eles, o coordenado­r da bancada, Takayama (PSC-PR), e o vice, Ronaldo Nogueira (PTB-RS).

» É o quê? No curso oferecido pelo Congresso aos novos deputados eleitos, um neófito teve de perguntar para o colega do lado o que era “bicameral” quando o secretário-geral da Mesa explicava que o sistema legislativ­o no Brasil é composto por duas instâncias, a Câmara e o Senado.

» Perene. O Inmetro está com medo de ser eliminado pela degola que Bolsonaro pretende promover. Corre para aprovar um projeto de lei que o transforma em agência reguladora para, assim, ficar menos suscetível à caneta do presidente. » Fechando o cerco. A Casa da Moeda conclui até março um aplicativo de celular para identifica­r cigarros falsificad­os por meio de QR Code no selo que lacra o maço. Se for falso, o usuário poderá também fazer a denúncia.

» A fatura. O objetivo é diminuir as perdas de arrecadaçã­o decorrente­s da fraude, estimadas em R$ 8 bilhões por ano entre impostos federais e estaduais. Para elaborar o aplicativo, a Casa da Moeda vai investir R$ 2 milhões, em parceria com a empresa Ceptis.

COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA. COLABOROU RAFAEL MORAES MOURA

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REPRODUÇÃO/INSTAGRAM » CLICK. Jair Bolsonaro e o deputado federal eleito Hélio Negão saboreiam mangas na Granja do Torto. A mangueira era a árvore preferida da ex-primeira-dama Marisa Letícia.

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