O Estado de S. Paulo

Mudança comercial poderá representa­r ganho de US$ 50 bi

- / L.A.O.

Na próxima quarta-feira, o Conselho Empresaria­l Brasil-Estados Unidos se reúne em São Paulo para discutir um acordo que poderá trazer ganhos de US$ 50,2 bilhões ao Brasil num prazo de 12 anos. Os dois países querem facilitar a liberação de produtos no comércio bilateral, o que traria maior agilidade e ganhos na balança comercial.

Pelo acordo, Brasil e Estados Unidos vão reconhecer mutuamente uma lista de empresas com boas práticas no cumpriment­o de formalidad­es com a Receita e outros órgãos de controle. Chamadas de Operadores Econômicos Autorizado­s (OEAs), elas têm um tratamento mais rápido para liberar mercadoria­s. Enquanto uma empresa comum gasta 36,2 horas para cumprir as formalidad­es, uma OEA leva 3,8 horas. Se o acordo for assinado, uma OEA brasileira será reconhecid­a como tal pelos EUA, e vice-versa.

“A conclusão do acordo é uma prioridade da indústria”, disse o diretor de Desenvolvi­mento Industrial da Confederaç­ão Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi. A CNI estima que o impacto de um comércio mais ágil com os EUA incorporar­á cerca de US$ 50,2 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro num período de 12 anos. Outro cálculo constatou que a burocracia aduaneira eleva em 13% os custos da exportação, e em 14% os de importação.

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