O Estado de S. Paulo

Bolsonaro recebeu mais ameaças, diz GSI

Ministro do Gabinete de Segurança Institucio­nal afirma ter registrado novas ameaças contra presidente eleito

- Tânia Monteiro Mariana Haubert / BRASÍLIA

O ministro Sérgio Etchegoyen recomendou “cautela” nos preparativ­os da cerimônia de posse. Ainda não está decidido se Bolsonaro vai desfilar em carro aberto.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucio­nal (GSI), general Sérgio Etchegoyen, recomendou ontem “cautela” com os preparativ­os da cerimônia de posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Sem dar detalhes, Etchegoyen afirmou que as informaçõe­s recebidas até 15 dias atrás, quando ele saiu de licença médica, eram de que Bolsonaro sofreu novas ameaças.

“Eu posso falar até 15 dias atrás. Houve novas ameaças (contra o presidente eleito)”, afirmou o ministro, após cerimônia no Palácio do Planalto que celebrou os 80 anos do Gabinete de Segurança Institucio­nal.

Segundo ele, não há definição, por exemplo, se o presidente eleito vai desfilar em carro aberto no dia da posse. Etchegoyen afirmou que as condições estão sendo analisadas com a equipe de transição. “A decisão será do presidente. Eu presidiria tudo com cautela. Tenho que me atualizar, porque passei fora duas semanas, mas recomendar­ia que as medidas tomadas fossem presididas por cautela.”

Desde o ataque a Bolsonaro em setembro, a equipe de inteligênc­ia do governo monitora as ameaças ao presidente eleito. Durante a campanha, o futuro ministro do GSI, general Augusto Heleno, afirmou que havia ameaças concretas de novos ataques contra Bolsonaro.

Efetivo. Segundo Etchegoyen, “certamente a segurança do presidente eleito, na nova administra­ção, exigirá cuidados mais intensos e mais precisos” e isso, na sua avaliação, “poderá ter como consequênc­ia” o aumento do efetivo do GSI.

“A segurança do presidente eleito exige mais cuidado? Certamente, exige. Temos um presidente que sofreu um atentado, que vem sofrendo agressões frequentes, basta ver mídias sociais”, declarou Etchegoyen. Segundo ele, a atual coordenaçã­o de segurança de Bolsonaro e a equipe de transição estão em contato com o Planalto, “negociando as condições” para o trabalho no dia da posse.

Etchegoyen declarou que Bolsonaro já tem nomeado um chefe da coordenaçã­o de segurança para o GSI – o general Luiz Fernando Baganha –, que assume o cargo em janeiro. Essa coordenaçã­o ficará responsáve­l também pela família de Bolsonaro e pelo vicepresid­ente, Hamilton Mourão.

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MARCOS CORRÊA/PR Segurança. Etchegoyen em evento pelos 80 anos do GSI

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