DESPESAS PÚBLICAS
Uma tragédia
Há dias o Estado vem publicando matérias sobre o abusivo aumento do Poder Judiciário e temas correlatos, que nos levam a constatações estarrecedoras. Em 27/11 (A4) o tema foi a sanção do reajuste e a revogação do auxílio-moradia. Há um gráfico, Auxílio turbinado, com dados inacreditáveis de aumento da despesa pública no pagamento desse imoral auxílio-moradia. Explicito o maior: na Justiça do Trabalho os valores passaram de R$ 1,46 milhão (2013) para R$ 186,17 milhões (2017), ou seja, a despesa aumentou 125 vezes! Em 1.º/12 (A8) o jornal nos dá conta de que o Senado se antecipa ao STF e manda pagar o novo teto, desde já, nos subsídios de dezembro e no 13.º salário. E o dispositivo constitucional que veda tal decisão? Às favas! Em 3/12 temos (A4) que as despesas com pessoal quadruplicaram entre 1995 e 2017. Simples assim! Lê-se que a despesa média na magistratura é de R$ 48,5 mil. E o teto constitucional? Letra morta! Na mesma edição (A6) se verifica que a despesa com o Judiciário chega a inacreditáveis 2% do PIB. E ainda se constata que o governo interrompeu em 2017 a publicação do Boletim Estatístico de Pessoal, iniciada em 1995, com dados dos servidores dos três Poderes. Então se estabeleceu uma disparidade na publicação desses dados entre os órgãos do governo. Quanto menos possibilidade de comparações úteis, sobretudo quando se pensa em reformas do Estado, melhor para as corporações. Desobediência às leis, até à Constituição, falta de ordem e absoluto desrespeito ao contribuinte ficam claros nessa série trágica e assustadora sobre despesas públicas, cujos valores, caro leitor, serão lá depositados por você. JOSE ANTONIO S. BORDEIRA bordeiracompuland.com.br Petrópolis (RJ)
Ostentação
Além do alto custo com pessoal, quadruplicado, deveríamos analisar ainda os gastos do Judiciário com suas instalações: prédios suntuosos, edificações próprias que ostentam um luxo não visto nos outros Poderes. MARCO CRUZ mm.cruz23@gmail.com
São Paulo