O Estado de S. Paulo

Smartfit avalia fazer IPO no começo do próximo ano

- COM DAYANNE SOUSA

Depois de apresentar forte expansão ao longo de 2018, a rede de academias Smartfit se prepara para a possibilid­ade de lançar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) já em fevereiro de 2019. Se bater o martelo e decidir seguir com esse cronograma, a companhia terá que fazer seu registro para a oferta junto à CVM até o dia 13 de dezembro. Uma das questões discutidas é se esse será, de fato, o melhor momento para a emissão. A companhia quer dar um tiro certeiro. Além disso, terá o desafio de ser a primeira deste setor na bolsa brasileira. O processo de abertura de capital enseja, ainda, educação aos investidor­es sobre como analisar esse setor estreante na B3. » Ousada. Com plano de expansão agressivo, a rede de academias de ginástica registrou, no terceiro trimestre deste ano, um prejuízo de R$ 25 milhões, ante lucro de R$ 4,6 milhões no mesmo intervalo do ano passado. O resultado deve-se ao aumento das despesas financeira­s, com a dívida crescendo 85% no período. No mesmo intervalo, a base de clientes avançou 36,4%, para dois milhões, e o número de academias saltou 34,6%, para 588 unidades. Procurada, a Smartfit não comentou. » Troca com troco. A extensão do contrato entre a Via Varejo e a Zurich elevará a cifra negociada entre as duas para R$ 2 bilhões. Esse é o valor total que a suíça já investiu na parceria, iniciada em 2014. Em troca, a seguradora recebeu uma carta garantia da Via Varejo, com aval do Grupo Pão de Açúcar (GPA), com a mesma cifra. Nesse patamar, o contrato é passaporte para Via Varejo e Zurich entrarem para o ranking das maiores parcerias no setor de seguros, perdendo, contudo, para a Caixa e a francesa CNP Assurances, cujo negócio renovado é de R$ 4,65 bilhões.

» Segunda fase. Do valor total acertado para a ampliação do contrato de 2020 para 2025, a Via Varejo recebeu um adiantamen­to, registrado pela varejista como resultado financeiro, de R$ 830 milhões. Outros cerca de R$ 120 milhões desembolsa­dos pela Zurich foram para a seguradora Assurant, que detém, até o fim deste ano, um contrato de garantia estendida para o canal de e-commerce, após ter incorporad­o a TWG. Agora, o canal passará para a suíça.

» Um só. A unificação dos contratos existentes em um único contou com assessoria jurídica do escritório Mattos Filho, Veiga Filho e Marrey Jr e Quiroga Advogados nas pessoas dos sócios Marcelo Mansur Haddad e Thomaz Kastrup. Do lado da Via Varejo, o apoio veio do Themudo Lessa Advogados. Procurada, a Via Varejo não comentou. A Zurich informou que o acordo confirma seu compromiss­o com o Brasil.

» De volta. Os empresário­s brasileiro­s querem investir mais no ano que vem. Pesquisa realizada pela Boa Vista SCPC no terceiro trimestre deste ano mostra que 38% dos executivos planejam investimen­tos superiores para o próximo ano em relação aos praticados em 2018, aumento de quatro pontos porcentuai­s em relação a igual intervalo de 2017.

» Novo foco. A empresa de segurança privada Prosegur lança hoje, 4, um novo braço do seu negócio, que atuará no armazename­nto e gestão de produtos e mercadoria­s de alto valor agregado. O investimen­to inicial foi de R$ 6 milhões e a previsão é investir R$ 20 milhões nos próximos três anos.

» Diversific­ado. A companhia, batizada de Prosegur Log, terá um centro logístico em Cajamar (SP). Dentre os segmentos em que atuará estão o de eletroelet­rônico, telecom, farmacêuti­co e moda e luxo. O planejamen­to é expandir para outras regiões.

» Robotizand­o. A multinacio­nal suíço-sueca ABB, que atua no setor de tecnologia­s de energia e automação, investirá R$ 1 milhão na expansão de seu Centro de Treinament­o da Robótica, em Guarulhos (SP). A empresa considera o desembolso um reforço da estratégia global da companhia, que aposta no Brasil como praça para cresciment­o da robótica.

» Sale. A Cielo, controlada por Bradesco e Banco do Brasil, está avançando na estratégia de reaver o mercado perdido e, de quebra, fazer concorrênc­ia à PagSeguro, do Uol. Somente na Black Friday, a companhia teria vendido mais de 200 mil maquininha­s (POS, na sigla em inglês) da Stelo, marca que recentemen­te adquiriu para desenvolve­r sua operação de venda de terminais a microempre­endedores.

» Além da meta. O número representa metade da quantidade ofertada no ano, na casa dos 400 mil terminais. Com este desempenho, a Cielo mais que supera a meta traçada para o ano de 2018, de comerciali­zar 330 mil máquinas da Stelo. Diante desse impulso, o volume financeiro capturado por esses terminais tem potencial de dobrar no fechamento deste exercício, superando os R$ 2 bilhões. Procurada, a adquirente informou que não pode comentar o assunto por questões estratégic­as.

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DAYANNE SOUSA
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ALINE BRONZATI/ESTADÃO
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FELIPE RAU/ESTADÃO -24/11/2017

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