3 PERGUNTAS PARA...
1.Como as alterações nas regras do futebol chinês podem afetar o mercado brasileiro?
Temos uma quantidade muito grande de jogadores de qualidade, excelência e performance melhores do que os europeus. O problema é que vendemos para os clubes da Europa, aí eles dão uma roupagem no atleta e revendem por uma preço astronomicamente maior. Agora, com essas mudanças de mercado impostas aos clubes da China, acredito que poderemos fazer uma negociação direta com eles.
2.Essa chamada “negociação direta” permitirá aos clubes brasileiros vender os jogadores por preços maiores do que os praticados na última janela de transferência?
O jogador sai do Brasil por um preço baixo. É vendido, por exemplo, por ¤ 5 milhões (R$ 21,8 milhões) e depois os europeus revendem por quase ¤ 100 milhões (R$ 436 milhões). Os salários, consequentemente, acompanham o preço de venda. Com a adoção do teto salarial na China, acredita que vamos passar a fazer negociações com os clubes de lá em melhores condições.
3.Além da questão dos valores, o senhor acredita que o número de transações entre clubes brasileiros e chineses pode aumentar a partir desta janela de transferências? Por enquanto, o Cruzeiro ainda não recebeu nenhuma proposta oficial de um clube da China, mas sabemos que chegarão sondagens. Antes, dependendo do jogador, ele não queria ir para mercados como a China, temendo a adaptação. No passado, até tivemos uma proposta e um jogador não quis ir. Hoje, isso mudou. Tem muito brasileiro na China e a adaptação não é mais uma barreira.
O nosso próprio técnico (Mano
Menezes) trabalhou na China com toda sua comissão técnica.