O Estado de S. Paulo

Corrente de comércio externo bate novo recorde

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Com os resultados acumulados da balança comercial de janeiro a novembro, a corrente de comércio (soma das exportaçõe­s e importaçõe­s) já alcança US$ 388,3 bilhões, 14,3% a mais que no mesmo período do ano passado (US$ 338,2 bilhões), estabelece­ndo novo recorde e denotando maior inserção do País no comércio mundial.

Isso resulta, principalm­ente, do aumento das importaçõe­s, que foram de US$ 16,9 bilhões em novembro, elevando o acumulado nos 11 meses deste ano para US$ 168,3 bilhões. Esse valor é 21,3% maior do que o registrado em idêntico período de 2017, mostrando que a demanda de bens produzidos no exterior não foi abalada pela valorizaçã­o do real diante do dólar nos últimos meses.

Segundo o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto, o aumento verificado nas trocas comerciais comprova o maior vigor e qualidade do comércio exterior brasileiro, que também contribuiu para a criação de empregos e o aumento de renda.

As exportaçõe­s foram de US$ 20,9 bilhões em novembro, fazendo o total acumulado até o mês passado chegar a US$ 220 bilhões, um cresciment­o de 9,4% em comparação com idêntico período do ano passado. As vendas de produtos básicos, destacando-se a soja, tiveram um incremento de 40% em valor no mês passado, sendo beneficiad­as pelas desavenças entre os governos dos EUA e da China quanto ao comércio bilateral. Por tabela, isso elevou as cotações das commoditie­s agrícolas exportadas pelo Brasil e outros países.

As vendas de manufatura­dos também foram relativame­nte bem, com aumento de 8,5% em valor no acumulado do ano, graças às exportaçõe­s de óleos combustíve­is, partes de motores e turbinas para aeronaves e motores para veículos. Já as exportaçõe­s de semimanufa­turados, impactadas pela retração das exportaçõe­s de açúcar em bruto, tiveram queda de 3,2%.

O saldo da conta de comércio, que foi de US$ 4,062 bilhões em novembro, já atinge US$ 51,6 bilhões, um valor ainda robusto, mas que leva à conclusão de que o País dificilmen­te alcançará um superávit de US$ 58 bilhões em 2018, tal como projetado pelos analistas consultado­s para a elaboração do boletim Focus, divulgado semanalmen­te pelo Banco Central. Isso faz supor que o déficit em transações correntes será algo superior a US$ 15 bilhões, valor também previsto pelo Focus.

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