O Estado de S. Paulo

Haddad entra com HC e cita possibilid­ade de prisão

- / BRUNO RIBEIRO E PEDRO VENCESLAU

A defesa do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad pediu ao Tribunal de Justiça do Estado, em habeas corpus, o trancament­o de ação penal em que é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O petista é acusado de receber R$ 2,6 milhões da empreiteir­a UTC Engenharia, entre maio e junho de 2013.

Os advogados alegam “inépcia” da denúncia do Ministério Público e citam a “possibilid­ade de resultar em condenação do paciente (Haddad) à pena privativa de liberdade”. Falam ainda em “absoluta ausência de justa causa” para a ação, aberta em novembro pelo juiz Leonardo Valente Barreiros, da 5.ª Vara da Capital. O magistrado rejeitou parte da denúncia apresentad­a pela Promotoria que imputava ao exprefeito o crime de quadrilha.

Segundo o MP, o petista teria solicitado, por meio do então tesoureiro do seu partido, João Vaccari Neto, a quantia de R$ 3 milhões para quitar dívidas de campanha com a gráfica de Francisco Carlos de Souza, exdeputado estadual do PT. A Promotoria sustenta que, entre maio e junho de 2013, a UTC efetivamen­te repassou a soma de R$ 2,6 milhões a Haddad.

Sua defesa diz que “os indícios existentes apontam que o material (da gráfica) foi produzido a pedido do Diretório Estadual do PT para campanhas de prefeitos e vereadores no interior de São Paulo”. “Se existiu pagamento à gráfica por fora, sem registro, foi para o Diretório Estadual do PT, para campanhas de prefeitos e vereadores.”

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