Espanha deporta ‘barra brava’ do Boca antes da final
O torcedor radical Maxi Mazzaro foi mandado de volta ontem, o que inibiu a viagem de outros fãs com histórico violento
A polícia espanhola vem tomando várias medidas para evitar confrontos entre torcedores de River Plate e Boca Juniors, domingo, em Madri. Algumas são efetivas. Outras estão nas declarações das autoridades. A medida prática mais importante foi a deportação do argentino Maximiliano Mazzaro, líder de uma ala radical da torcida do Boca Juniors. O recado foi entendido em Buenos Aires. Rafael Di Zeo, outro líder dos “barras bravas” que havia conseguido autorização judicial para viajar, decidiu desfazer as malas. O plano de segurança para a final em Madri será divulgado hoje. “Futebol não é violência”, tuitou a Polícia Nacional Espanhola.
Os jogadores também estão preocupados. “Tomara que seja uma final em paz”, disse o atacante Dario Benedetto, do Boca. “Tomara que não aconteça de novo e não se repitam aquelas cenas aqui em Madri”, disse o zagueiro Jonatan Maidana.
O jogo foi marcado para Madri depois que torcedores do River atacaram o ônibus do Boca, ferindo alguns jogadores antes do segundo jogo (o primeiro terminou 2 a 2). Pressionada pela Fifa, a Conmebol escolheu a capital espanhola. O River se sentiu prejudicado, pois não jogará em casa; o Boca responsabiliza o rival pelo ataque e queria ser declarado campeão.
A indignação com o local é tema recorrente. “Não vamos consolar nossos torcedores com palavras, mas com resultados. Vamos jogar pelos 66 mil que estiveram no Monumental”, disse o volante Ponzio, capitão do River. “É muito estranho jogar uma final da Copa Libertadores na Espanha. Não estou de acordo”, disse Tevez, ídolo do Boca.
Dentro de campo, a final já começou. Para confundir o rival, o técnico Schelotto escalou diversos atacantes naquele que seria o time titular no treino do Boca. O River fez um treinamento leve no CT do Real Madrid para se recuperar da viagem – a delegação chegou à Espanha na madrugada de ontem.