Itaú segue Santander e estreia em Letra Garantida
Depois do Santander Brasil, o Itaú Unibanco fará, no fim da semana que vem, sua estreia no mercado brasileiro de Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs). A emissão poderá alcançar R$ 500 milhões. O banco espanhol já realizou três emissões – as primeiras do mercado – que, juntas, somaram R$ 177 milhões. No caso do Itaú, a LIG terá uma rentabilidade de 96% do CDI líquido, prazo de 3 anos, mas sem liquidez. As LIGs são similares aos covered bonds, instrumento bastante desenvolvido no mercado externo e que movimenta trilhões de dólares. Esses títulos dispõem da garantia dupla. Uma delas vem de um ativo como, por exemplo, uma carteira de imóveis e a outra é a da própria instituição financeira. Isso significa que, em caso de falha no pagamento pelo emissor, o agente fiduciário assume o controle dos ativos. Procurado, o Itaú não comentou.
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Pela primeira vez, desde que a Petrobrás mergulhou no plano de reestruturação por conta de sua dívida bilionária, os fornecedores brasileiros de equipamentos da área começaram a perceber uma reação nos negócios. Segundo Alberto Machado, diretor-executivo da área de petróleo, gás natural e petroquímica da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), nos últimos quatro anos, muitas associadas quebraram, saíram do segmento ou viraram apenas representantes de fornecedores multinacionais. As demissões foram muitas. Agora, diz ele, a roda voltou a girar.
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Entre os motivos, estão a pulverização dos investimentos em projetos menores por parte da Petrobrás, a entrada de novos operadores no mercado e até mesmo os desinvestimentos da estatal.
Parados quando estavam nas mãos da petrolífera, eles agora começam a funcionar e a gerar negócios. O novo Repetro, o regime fiscal que permitiu agora a pulverização das importações, também tem ajudado. Para Machado, a indústria está chegando num ponto em que deixa de depender exclusivamente da Petrobrás para ter mais alternativas de mercado. » A Ativos, gestora de créditos inadimplentes do Banco do Brasil, venceu a disputa para arrematar uma carteira de empréstimos vencidos e não pagos do Bradesco com valor de mais de R$ 7 bilhões. O processo atraiu players tradicionais do mercado, tais como a Return Capital, de Santander e Ipanema, Omni, Recovery, do Itaú Unibanco, e a própria RCB, empresa na qual o Bradesco adquiriu participação recentemente. O portfólio, com créditos de varejo e diversificado, tem vencimento antigo, assim como as demais desovas que o banco tem feito.
» Dentro de casa. A operação ocorre cerca de dois meses após o Bradesco anunciar a compra de 65% da RCB Investimentos, que era controlada pela PRA Group Brazil Investimentos e especializada na recuperação de empréstimos vencidos e inadimplentes, conhecidos como “créditos podres”. A operação ainda depende de aval de órgãos reguladores. Procurados, BB e Bradesco não comentaram.
» Diversão e arte. A startup INTI, plataforma de gestão e Business Inteligence (BI) de venda de ingressos, projeta movimentar R$ 100 milhões no mercado (Gross Merchandise Value, total de vendas) em 2019. Desse montante, 50% devem ser conquistados com a venda de ingressos, 30% com ingressos de temporada (season tickets) e 20% com doações. O volume, se confirmado, representará crescimento de 150% ante 2018.
» Impulso. Para dar início ao negócio, a startup recebeu o aporte de R$ 150 mil da aceleradora Ace. A empresa está instalada no InovaBra, centro de inovação do Banco Bradesco.
Até que enfim. Tique-taque. Troca de mãos.