O Estado de S. Paulo

Mercado tem dia de forte oscilação com EUA-China

Colado em NY, Ibovespa chegou a cair mais de 2%, mas reagiu, como Wall Street, e fechou em queda de 0,22%

- PAULA DIAS

As bolsas tiveram um dia volátil ontem, chegaram a cair mais de 3% em Nova York, mas encerraram o pregão com quedas mais fracas, apesar das incertezas em relação à trégua comercial entre Estados e China continuare­m no radar dos investidor­es. Também influencio­u o mau humor do mercado a prisão no Canadá de uma executiva chinesa do setor de telecomuni­cações, a pedido de Washington.

O que ajudou foi o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic. Ele disse que os juros americanos estão “muito perto” da taxa neutra, aquela que não gera inflação.

O Ibovespa, que cedeu 2,26% durante o dia, fechou em baixa de 0,22%, aos 88.846,48 pontos. Tanto aqui quanto em Wall Street, as ações do setor de petróleo foram fortemente penalizada­s, em meio a dúvidas sobre a decisão da Opep e seus aliados sobre um provável corte na oferta.

No Brasil, as ações da Petrobrás caíram cerca de 4%, influencia­das pela desvaloriz­ação de mais de 2% dos preços da commodity. Houve ainda desconfort­o com a informação de que o futuro governo de Jair Bolsonaro pode alterar o plano estratégic­o 2019-2023 apresentad­o anteontem pela estatal. Na ponta oposta, estiveram os papéis do setor financeiro, que se recuperara­m das perdas e, na maioria, terminaram em alta.

A notícia da prisão da diretora executiva da gigante chinesa Huawei, Meng Wanzhou (leia mais informaçõe­s na Pág. A 10), voltou a impor cautela nos mercados internacio­nais. A prisão no Canadá, a pedido dos EUA, reforçou as dúvidas sobre a chance de sucesso do diálogo entre China e EUA no comércio.

Câmbio. A moeda americana à vista terminou com ganho de 0,35%, a R$ 3,88, depois de ter superado os R$ 3,94 com as questões internacio­nais e expectativ­as de que o Banco Central anunciasse alguma ação no câmbio./

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