O Estado de S. Paulo

Tucano deve responder por área da Previdênci­a

Secretário deve ser o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que foi o relator da reforma trabalhist­a realizada pelo governo Temer

- Adriana Fernandes Idiana Tomazelli / BRASÍLIA

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, deve indicar nos próximos dias o relator da reforma trabalhist­a, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) para comandar a área de Previdênci­a Social da nova pasta. Uma secretaria especial deverá ser criada para ficar sob a direção de Marinho. A ideia inicial era que a Previdênci­a ficasse na secretaria de Previdênci­a e Arrecadaçã­o, que ficará com o economista Marco Cintra.

O desenho não está fechado, mas fontes informaram que Guedes quer passar com a escolha de Marinho uma mensagem importante de reforço na reforma da Previdênci­a que pode ajudar na negociação com o Parlamento.

Deputado federal pelo PSDB, Marinho não foi reeleito nas eleições passadas, mas Guedes, segundo apurou a reportagem, com a nova indicação, quer dar mais destaque à reforma da Previdênci­a dentro da estrutura do Ministério da Economia para sinalizar a importânci­a da aprovação do endurecime­nto nas regras para se aposentar no Brasil, medida considerad­a essencial para a sustentabi­lidade das contas públicas.

Como relator reforma trabalhist­a, considerad­a difícil e impopular, Marinho tem experiênci­a para ajudar nas negociaçõe­s com o Congresso, que serão necessária­s para aprovar a reforma da Previdênci­a. Com uma nova secretaria, o Ministério da Economia terá sete secretaria­s.

Waldery Rodrigues Junior deve ser indicado para a Secretaria de Fazenda, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Ele teria como adjunto o atual ministro do Planejamen­to, Esteves Colnago, de acordo com o desenho que está sendo montado para a pasta. Waldery hoje é coordenado­r-geral na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Esteves Colnago é servidor de carreira do Banco Central.

Planejamen­to. Para a Secretaria de Planejamen­to, Guedes deve indicar o advogado Paulo Uebel, especialis­ta em direito tributário e financeiro. Uebel foi CEO do Lide e é ex-secretário de Gestão do governo João Doria, em São Paulo. Seu adjunto deve ser o atual secretário executivo do Ministério do Planejamen­to, Gleisson Rubin.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o desenho atual do Ministério da Economia contempla a indicação de apenas um secretário executivo, que deve ficar com Marcelo dos Guaranys, que hoje trabalha na Casa Civil.

Guaranys é funcionári­o de carreira do Tesouro Nacional e já foi diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ele integra o seleto grupo de funcionári­os considerad­os “super técnicos” da Esplanada pela experiênci­a e conhecimen­to que possuem e podem transitar em vários órgãos do governo federal.

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ANDRE DUSEK/ESTADÃO - 10/11/2017 Aposta. O deputado Rogério Marinho tem experiênci­a para costurar as negociaçõe­s

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