CONTAS PÚBLICAS
Pautas-bomba natalinas
Os Papais Noéis do Congresso Nacional querem distribuir R$ 94 bilhões em presentes de Natal a seus amiguinhos. São as pautas-bomba que eles passam para o presidente Michel Temer deixar para o próximo governo. E adivinhem quem vai pagar esses R$ 94 bilhões. Nós, que ainda acreditamos em Papai Noel! PAULO SERGIO ARISI paulo.arisi@gmail.com
Porto Alegre Os prefeitos argumentaram que o governo federal aprovou muitas desonerações fiscais nos últimos anos, diminuindo a capacidade arrecadatória de Estados e municípios, com a anuência do Congresso. E que servidores efetivos e inativos não podem ser retirados da folha de pagamentos. Por que, então, alegam, eles deveriam ser presos ou impedidos? Foi um “caloroso” viremse, deputados. Mas nós é que continuamos pagando a conta da incompetência.
MARCELO KAWATOKO marcelo.kawatoko@outlook.com São Paulo
Patos mancos
As pautas-bomba no Congresso mais parecem vingança dos não reeleitos contra a Nação. Ao permitir que 1.700 prefeituras descumpram a Lei de Responsabilidade Fiscal, os parlamentares transferem o problema para o governo federal, avalista das dívidas municipais. Espera-se que o presidente Michel Temer não sancione esse projeto. O Senado já ousou e Temer cedeu no caso do inoportuno reajuste de 16,38% para os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal. As equipes de transição de Temer e Jair Bolsonaro precisam agir para impedir mais desatinos legislativos. Pelo visto, tudo o que esses parlamentares patos mancos votarem nos próximos dias tende a ser contrário ao interesse nacional e servirá ainda para ampliar a péssima imagem que o povo tem da classe política, principalmente dos ocupantes do Poder Legislativo. Recesso já!
DIRCEU CARDOSO GONÇALVES aspomilpm@terra.com.br
São Paulo
Poderes contra o povo
A propósito do plebiscito proposto por Roberto Macedo (16,38%? Três Poderes contra o povo, 6/12, A2), gostaria de adicionar um tema: a baixíssima produtividade da Justiça brasileira. Não é possível termos, além dos mais caros, os magistrados, promotores e defensores públicos que menos trabalham no mundo. São 60 dias de férias e 17 dias de recessos, além de feriados emendados e estendidos. Para essas categorias, a solução da própria ineficiência está sempre em mais concursos para mais servidores com mais supersalários, vantagens e privilégios. HERMAN MENDES hermanmendes@bol.com.br Blumenau (SC)
Irresponsabilidade fiscal