A pacata vida da chefe do maior partido alemão
Annegret passou a vida em cidade de 20 mil habitantes, queria ser professora, é fã de livros e da banda AC/DC
Annegret Kramp-Karrenbauer tem um histórico ininterrupto de 18 anos ocupando cargos importantes. Foi ministra do Interior do Estado do Sarre antes de se tornar governadora, cargo que ocupou por seis anos. No início deste ano, foi eleita secretária-geral da CDU, garantindo 99% do apoio do partido.
Filha de um diretor de escola e de uma dona de casa, Annegret foi a quinta de seis crianças de uma família católica. Cresceu indo às missas dominicais. Viveu toda sua vida em Völklingen, cidade de 20 mil habitantes no Estado do Sarre, oeste da Alemanha, na fronteira com a França.
Na adolescência, queria ser parteira ou professora secundária, mas ingressou na CDU aos 18 anos e passou a estudar ciências políticas e direito. Se formou com louvor na Universidade do Sarre. Elegeu-se vereadora e conselheira de planejamento da CDU regional antes de se tornar a primeira mulher governadora da Alemanha, em 2000.
“Não há nenhuma tarefa que você não possa confiar a Annegret”, disse o ex-governador do Sarre Peter Mueller, seu antecessor. Ela costuma dizer que não planejava ter uma carreira política, mas uma série de “coincidências” ajudaram-na a chegar onde está.
Quando seu nome começou a despontar, parte da imprensa da Alemanha a apresentou como a “princesa herdeira” do partido. Ela respondeu que nunca gostou do papel de princesa.
Fã da banda de rock AC/DC, Annegret se orgulha de sua capacidade de fazer sopa de carne, descreve-se como “rato de biblioteca” e cultiva tartarugas de estimação. Ela fala inglês e francês.
Desde 1984, é casada com Helmut Karrenbauer, um engenheiro de minas, com quem tem três filhos. Nos anos 90, quando a carreira de Annegret começou a crescer, Helmut deixou o emprego para ficar em casa e cuidar dos filhos.