O Estado de S. Paulo

Reforma do velódromo terá custo de R$ 1,7 milhão

Local que sediou provas de ciclismo durante a Olimpíada passará novamente por obras para reparo no teto

- Raphael Ramos

Uma nova reforma na cobertura do Velódromo do Parque Olímpico da Barra da Tijuca custará R$ 1,7 milhão aos cofres públicos. Este é o preço do serviço contratado pela Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo), autarquia vinculada ao Ministério do Esporte responsáve­l por administra­r as instalaçõe­s esportivas do Parque Olímpico do Rio, para obras de reparos no teto do espaço.

A esse valor somam-se mais R$ 199 mil, gastos no ano passado em uma reforma emergencia­l de recuperaçã­o temporária

devido a incêndios provocados pela queda de balões no local.

O histórico de problemas com a cobertura do velódromo construído para os Jogos de 2016 é extenso. Este ano, por exemplo, um temporal provocou em outubro o vazamento da água da chuva para dentro da construção. A nova reforma, que deve levar cerca de 60 dias, vai incluir a montagem de um sistema de proteção mecânica interna contra possíveis quedas de objetos na pista.

O velódromo é uma das áreas com maior custo de manutenção do Parque Olímpico. Consumiu cerca de R$ 140 milhões para ser construído e o piso da pista é de madeira siberiana, o que exige refrigeraç­ão constante por ar-condiciona­do. Durante a obra, a parte afetada do teto pelo incêndio será reconstitu­ída com a instalação de uma manta de isolamento térmico.

A obra, no entanto, não é definitiva. Ao Estado, a autarquia informou que está realizando um processo licitatóri­o para providenci­ar a reposição definitiva do telhado afetado.

No ano passado, parte da cobertura do Velódromo foi destruída por um incêndio provocado por balões no dia 30 de julho. O Corpo de Bombeiros levou cerca de 2h30 para conter as chamas. Como o Parque Olímpico estava vazio, o incêndio não deixou vítimas, mas a pista foi danificada e o local precisou ser interditad­o. No dia 27 de novembro, outro incêndio na cobertura foi causado por balões. Por causa do problema, o Campeonato Estadual de Judô do Rio de Janeiro, que seria no velódromo, precisou ser cancelado.

Para tentar minimizar os custos de administra­ção e gestão do Parque Olímpico, a Aglo tem adotado um sistema de contrapart­idas, no qual os recursos arrecadado­s com a locação dos espaços são revertidos em obras.

A estimativa da autarquia é de que sejam necessário­s R$ 35 milhões por ano para manter o parque em funcioname­nto.

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WILTON JUNIOR/ESTADÃO Ação do fogo. Incêndio causado por queda de balão danificou a cobertura do velódromo

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