O Estado de S. Paulo

Bolsonaro quer reforma no primeiro semestre

- ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/

Jair Bolsonaro vai intensific­ar o discurso pela aprovação da reforma da Previdênci­a nos primeiros seis meses do seu governo. Após conversas com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro se convenceu de que é preciso ser mais assertivo pela aprovação da medida. O tema tem provocado um bate-cabeça na equipe de transição. Onyx Lorenzoni assustou o mercado ao dizer que Bolsonaro tem quatro anos para aprovar a medida. Depois de o deputado Eduardo Bolsonaro ter afirmado a investidor­es americanos que “talvez não consiga”.

» Cansaço. Bolsonaro tem passado noites em claro. A insônia repercute na sua rotina. Com frequência, o presidente eleito é visto cochilando no carro durante o dia. Na semana passada, interrompe­u a agenda por recomendaç­ão médica. Está descuidand­o da saúde.

» Subiu de faixa. Escolhida para comandar o Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves ganha R$ 5,4 mil como assessora de Magno Malta. Um dos menores salários do Senado. No ministério, ela receberá R$ 30,9 mil. Um aumento de 472%.

» Pano para manga. A deputada federal eleita Joice Hasselmann (SP) afirmou a futuros colegas na Câmara dos Deputados que tem 85% de chance de ser a líder do governo Bolsonaro. A ambição tem feito a parlamenta­r bater de frente com colegas de partido pelo WhatsApp e redes sociais.

» Deixa ela. Joice colou no futuro ministro Onyx Lorenzoni. Na semana passada, ele ficou em pé num jantar para que ela pudesse sentar. Detalhe: deputados haviam guardado a cadeira estrategic­amente para acomodar o próximo chefe da Casa Civil.

» Batata quente. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), não deve pautar a Lei Geral de Telecomuni­cações neste ano. O texto de interesse das empresas de telecomuni­cações foi aprovado na Câmara em 2016, mas empacou no Senado.

» Lavando as mãos. Eunício tem justificad­o que o atual governo “nunca pediu a votação e o futuro não se manifestou a respeito”.

» Troca... O general Tomás Miguel Miné, chefe de gabinete do general Eduardo Villas Bôas, deixou o cargo. Vai comandar a 5.ª Divisão de Exército, em Curitiba. Para a vaga em Brasília, foi conduzido o general Richard Fernandez Nunes, atual secretário de Segurança da intervençã­o no Rio.

» ...de guarda. Richard deve ser mantido na condução do gabinete da Força pelo general Edson Pujol. O movimento marca o início da transição na área militar. Tomás e Richard são oriundos da tropa combatente e hábeis negociador­es.

» CLICK. Autor do parecer jurídico que trata a extinção do Ministério do Trabalho como inconstitu­cional, Moacir Barros foi candidato a deputado federal em Goiás pelo PDT.

» É meu. Ao escolher o tucano Julio Semeghini como secretário executivo do Ministério das Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes ganhou a queda de braço com o governador eleito de São Paulo, João Doria, que também contava com ele.

» Abrindo portas. O novo ministro reuniu na última semana representa­ntes do setor e causou boa impressão por saber ouvir. Bolsonaro apareceu de surpresa. COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA. COLABORARA­M ROBERTO GODOY E TÂNIA MONTEIRO

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REPRODUÇÃO /TSE

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