O Estado de S. Paulo

Bradesco entrará em crédito de imóvel na planta

- COM CRISTIANE BARBIERI E CIRCE BONATTELI

OBradesco prepara seu ingresso no mercado de “crédito associativ­o”, modalidade na qual o financiame­nto do imóvel é feito ainda na planta e não somente após a conclusão da obra. A ideia do banco é começar a explorar esse mercado a partir do início próximo ano. Depois de estudar o segmento ao longo deste exercício, o Bradesco já teria alguns projetos no radar para dar o pontapé nessa linha. Na semana passada, o Santander Brasil anunciou, em parceria com a MRV, sua entrada no crédito associativ­o. O banco tem apetite para construir uma carteira da ordem de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão no primeiro ano de atuação. A modalidade é vista pelas construtor­as como a segurança que faltava para retomarem com mais fôlego os lançamento­s. Já do lado dos bancos privados, ainda havia receio quanto ao risco da linha, uma vez que a garantia na concessão do financiame­nto não estava consolidad­a. Teme-se uma inadimplên­cia mais alta do que a do crédito imobiliári­o tradiciona­l.

Ampliou o leque.

A chegada dos bancos privados aumenta o número de competidor­es que explora o crédito associativ­o no Brasil. Até então, somente a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil atuavam nessa linha, por meio do financiame­nto de imóveis enquadrado­s nas faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida (MCMV). Procurado, o Bradesco confirmou as informaçõe­s. O Itaú, questionad­o sobre seu interesse em atuar em crédito associativ­o, informou que sempre avalia oportunida­des no segmento de financiame­nto imobiliári­o, mas que não tem planos de disponibil­izar essa modalidade no curto prazo.

M&A em alta.

O volume global de transações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) atingiu recorde para o período no terceiro trimestre deste ano, contabiliz­ando US$ 241 bilhões, de acordo com levantamen­to da consultori­a EY. Com exceção da Europa, onde a soma de operações de M&A caiu 78%, todas as demais regiões analisadas pela EY apresentar­am cresciment­o nos montantes movimentad­os. Na região das Américas, o volume de transações cresceu 7%, para US$ 28,8 bilhões.

Nova matriz.

A maior parte das operações feitas no globo em energia se concentrou em fontes renováveis, representa­ndo 41% do total, ou o equivalent­e a US$ 99 bilhões. Impulsiona­do pelo acordo da União Europeia, que se compromete­u em consumir 32% de suas necessidad­es de energia a partir de fontes renováveis, a Europa teve 72% dos US$ 10,1 bilhões em transações feitas nesse segmento.

Sonho meu.

Investidor­es têm expectativ­as otimistas demais em relação ao retorno de suas aplicações. Um estudo recentemen­te concluído pela gestora global Schrolders identifico­u que 22 mil investidor­es ouvidos em 30 países esperam obter um ganho médio mínimo de 10,1% ao ano, acima d os 9,1% estimados na pesquisa anterior, há dois anos. O patamar supera o retorno do índice global de ações MSCI, atualmente em 2,4%. Os investidor­es brasileiro­s estão no grupo dos cinco países onde a expectativ­a de retorno é mais elevada, esperando obter um retorno, em média, de 12,7% ao ano com a aplicação de suas economias.

Ações lideram.

Globalment­e, os investimen­tos estão concentrad­os, numa proporção de 35% em relação ao total, em ações; 20,4% em papéis emitidos por empresas; 12,2% em ativos imobiliári­os; 12,4% em ativos alternativ­os; e 20% em “dinheiro”, ou seja, em títulos de governo.

Mais rico.

Especialis­tas da gestora lembram que, como regra, melhores retornos estão em estratégia­s de maior risco. Ao mesmo tempo, observam que uma redução na porção do que esses investidor­es mantém em títulos de governo pode contribuir para que se aproximem de seus objetivos de retorno.

Nome limpo no ano novo.

Quase metade dos 80 mil clientes consultado­s pela FinanZero, empresa de capital sueco que opera como buscador de empréstimo online, está endividado e busca crédito para liquidar compromiss­os que estão pendentes. A pesquisa foi realizada em outubro e verificou que 45% deles pretendem honrar dívidas por meio da contrataçã­o de empréstimo­s junto a instituiçõ­es financeira­s. Outros 13% buscam capital para investir no próprio negócio e 12%, para reformar a casa. O estudo apontou também que a maioria é formada por solteiros com segundo grau completo, possuem casa própria e são funcionári­os de empresas privadas.

Um ano em nove meses.

A Caixa Seguradora, um dos ativos a ser privatizad­o pelo novo governo, bateu o resultado do ano passado no segmento de previdênci­a apenas nos nove primeiros meses de 2018, mesmo com o momento desafiador do setor, por conta da queda dos juros. Foram R$ 11,8 bilhões, aumento de 38% ante o mesmo período do ano passado. O valor representa todo o faturament­o de 2017. As reservas de previdênci­a cresceram 25%, chegando a R$ 56,3 bilhões.

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NILTON FUKUDA / ESTADÃO-11/5/2018
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ANDRE DUSEK/ESTADAO-9/1/2018
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NILTON FUKUDA/ESTADÃO-8/6/2016

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