Bradesco entrará em crédito de imóvel na planta
OBradesco prepara seu ingresso no mercado de “crédito associativo”, modalidade na qual o financiamento do imóvel é feito ainda na planta e não somente após a conclusão da obra. A ideia do banco é começar a explorar esse mercado a partir do início próximo ano. Depois de estudar o segmento ao longo deste exercício, o Bradesco já teria alguns projetos no radar para dar o pontapé nessa linha. Na semana passada, o Santander Brasil anunciou, em parceria com a MRV, sua entrada no crédito associativo. O banco tem apetite para construir uma carteira da ordem de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão no primeiro ano de atuação. A modalidade é vista pelas construtoras como a segurança que faltava para retomarem com mais fôlego os lançamentos. Já do lado dos bancos privados, ainda havia receio quanto ao risco da linha, uma vez que a garantia na concessão do financiamento não estava consolidada. Teme-se uma inadimplência mais alta do que a do crédito imobiliário tradicional.
Ampliou o leque.
A chegada dos bancos privados aumenta o número de competidores que explora o crédito associativo no Brasil. Até então, somente a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil atuavam nessa linha, por meio do financiamento de imóveis enquadrados nas faixas 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida (MCMV). Procurado, o Bradesco confirmou as informações. O Itaú, questionado sobre seu interesse em atuar em crédito associativo, informou que sempre avalia oportunidades no segmento de financiamento imobiliário, mas que não tem planos de disponibilizar essa modalidade no curto prazo.
M&A em alta.
O volume global de transações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) atingiu recorde para o período no terceiro trimestre deste ano, contabilizando US$ 241 bilhões, de acordo com levantamento da consultoria EY. Com exceção da Europa, onde a soma de operações de M&A caiu 78%, todas as demais regiões analisadas pela EY apresentaram crescimento nos montantes movimentados. Na região das Américas, o volume de transações cresceu 7%, para US$ 28,8 bilhões.
Nova matriz.
A maior parte das operações feitas no globo em energia se concentrou em fontes renováveis, representando 41% do total, ou o equivalente a US$ 99 bilhões. Impulsionado pelo acordo da União Europeia, que se comprometeu em consumir 32% de suas necessidades de energia a partir de fontes renováveis, a Europa teve 72% dos US$ 10,1 bilhões em transações feitas nesse segmento.
Sonho meu.
Investidores têm expectativas otimistas demais em relação ao retorno de suas aplicações. Um estudo recentemente concluído pela gestora global Schrolders identificou que 22 mil investidores ouvidos em 30 países esperam obter um ganho médio mínimo de 10,1% ao ano, acima d os 9,1% estimados na pesquisa anterior, há dois anos. O patamar supera o retorno do índice global de ações MSCI, atualmente em 2,4%. Os investidores brasileiros estão no grupo dos cinco países onde a expectativa de retorno é mais elevada, esperando obter um retorno, em média, de 12,7% ao ano com a aplicação de suas economias.
Ações lideram.
Globalmente, os investimentos estão concentrados, numa proporção de 35% em relação ao total, em ações; 20,4% em papéis emitidos por empresas; 12,2% em ativos imobiliários; 12,4% em ativos alternativos; e 20% em “dinheiro”, ou seja, em títulos de governo.
Mais rico.
Especialistas da gestora lembram que, como regra, melhores retornos estão em estratégias de maior risco. Ao mesmo tempo, observam que uma redução na porção do que esses investidores mantém em títulos de governo pode contribuir para que se aproximem de seus objetivos de retorno.
Nome limpo no ano novo.
Quase metade dos 80 mil clientes consultados pela FinanZero, empresa de capital sueco que opera como buscador de empréstimo online, está endividado e busca crédito para liquidar compromissos que estão pendentes. A pesquisa foi realizada em outubro e verificou que 45% deles pretendem honrar dívidas por meio da contratação de empréstimos junto a instituições financeiras. Outros 13% buscam capital para investir no próprio negócio e 12%, para reformar a casa. O estudo apontou também que a maioria é formada por solteiros com segundo grau completo, possuem casa própria e são funcionários de empresas privadas.
Um ano em nove meses.
A Caixa Seguradora, um dos ativos a ser privatizado pelo novo governo, bateu o resultado do ano passado no segmento de previdência apenas nos nove primeiros meses de 2018, mesmo com o momento desafiador do setor, por conta da queda dos juros. Foram R$ 11,8 bilhões, aumento de 38% ante o mesmo período do ano passado. O valor representa todo o faturamento de 2017. As reservas de previdência cresceram 25%, chegando a R$ 56,3 bilhões.