O Estado de S. Paulo

Ainda há dúvida sobre apetite do investidor

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A oscilação do mercado de ações, a guerra comercial com a China e outros países e a incerteza sobre a direção da economia estão pesando na hora de decidir pela oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).

Poucos executivos querem tornar suas empresas públicas quando o apetite dos investidor­es pode estar minguando. “As empresas que esperavam que tudo estivesse perfeito na hora de entrem na bolsa poderiam ter se saído melhor quando as coisas estavam boas o suficiente”, disse Rick Heitzmann, diretor gerente da FirstMark Capital, que investe em unicórnios como Pinterest e Airbnb.

Sandy Miller, uma investidor­a de capital de risco da IVP, disse que várias empresas estavam se reunindo com potenciais investidor­es muito antes de entrar com um IPO. “Essa é a única maneira de realmente saber que tipo de receptivid­ade você terá” dos mercados, disse ela.

Sandy espera um ano robusto para IPOs em 2019, mas as empresas podem não querer esperar até o fim do ano para o lançamento. “Certamente há algumas nuvens de tempestade no horizonte.”

Alguns unicórnios estão evitando a imprevisib­ilidade por completo. A WeWork, empresa de locação de escritório­s avaliada em US$ 45 bilhões, foi muito citada como candidata a IPO. Mas em novembro, concordou em vender US$ 3 bilhões em ações para seu principal investidor, o fundo Vision da SoftBank.

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